Quem não fugir da Florida “vai morrer”

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Erik S. Lesser / EPA

Trânsito em direção ao norte da Florida, antes da chegada prevista do furacão Milton

A Florida insiste nos apelos de evacuação perante a pior tempestade dos últimos 100 anos. “Quem não sair vai morrer”, alertam os responsáveis civis.

As autoridades norte-americanas estão a aumentar os apelos de evacuação antes da chegada do furacão Milton, que deverá chegar à costa na madrugada de quarta para quinta-feira.

Será“a pior tempestade em 100 anos” a atingir a península da Florida.

“Toda a península da Florida está sob alguma forma de vigilância ou alerta”, destacou o governador da Florida, Ron DeSantis.

O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) alertou que Milton é “um furacão extremamente perigoso”, de categoria 4 na escala Saffir-Simpson – depois de ter sido anteriormente classificado como categoria 5, a mais elevada.

Milton pode ser “a pior tempestade na Florida num século”, alertou o Presidente dos Estados Unidos Joe Biden, esta terça-feira, à margem de uma reunião com os seus conselheiros na Casa Branca para fazer um balanço dos preparativos.

“Devem retirar-se agora, é uma questão de vida ou de morte”, realçou ainda o chefe de Estado norte-americano, num apelo aos residentes do terceiro estado mais populoso dos Estados Unidos.

A governadora de Tampa Bay, na Florida, Jane Castor, disse que o momento de fugir é agora e avisou que “quem não sair vai morrer”. “Nunca houve um assim”, acrescentou.

De acordo com uma estimativa do US Census Bureau, citada pela ABC News, a evacuação será obrigatória para cerca de 5,9 milhões de pessoas.

Num sinal da gravidade da situação, a Casa Branca anunciou que Joe Biden cancelou as viagens à Alemanha e Angola, previstas para o final desta semana.

O furacão, que se desloca de sudoeste para nordeste no golfo do México, deverá atingir a Florida durante a noite, de quarta para quinta-feira.

Alterações climáticas fomentam desastres

De acordo com os cientistas, as alterações climáticas tornam mais provável a rápida intensificação das tempestades e aumentam o risco de furacões mais poderosos ao aquecer as águas do mar e dos oceanos.

As temperaturas no Atlântico Norte têm vindo a evoluir continuamente há mais de um ano, em níveis de calor recorde, de acordo com dados do Observatório Meteorológico Americano (NOAA).

De acordo com o especialista meteorológico Michael Lowry, “se as piores previsões se concretizarem para a região de Tampa Bay, as inundações costeiras causadas por Milton poderão ser o dobro das observadas há duas semanas durante Helene”.

“O Milton fortaleceu-se na segunda-feira a um ritmo alucinante”, um dos “mais rápidos alguma vez observados na bacia do Atlântico”, acrescentou.

Geradores, alimentos, água e lonas estão a ser distribuídos por toda a Florida e muitos residentes planeiam partir.

Em Tampa Bay, dezenas de carros fazem fila para recolher sacos de areia para tentar proteger as suas casas das cheias esperadas.

O sudeste dos Estados Unidos ainda está a recuperar do Helene, um furacão devastador que causou inundações e danos consideráveis em meia dúzia de estados, causando pelo menos 234 mortes.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Inacreditável e indefensável alarmismo, que NADA tem a ver com a necessidade de tomar medidas preventivas que mitiguem os danos inevitáveis perante estas tempestades que SEMPRE se verificaram na costa leste do México e EUA, mormente na zona do golfo do México. Mais vergonhosa ainda é a pretensa ligação que se pretende criar entre a intensidade dos furacões com supostas alterações climáticas, e que contrariam os dados/gráficos disponíveis nos sites oficiais norte-americanos. – NASA, NOOA e outros.

    Em suma: não falem de cor nem se limitem a aceitar e papaguear o que os outros dizem… investiguem por conta própria, vão aos sites e estudem com olhos de ver toda a informação disponível! Façam jornalismo e não propaganda… procurem informar-se antes de escrever!

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