Queixas contra atuação das polícias atinge valor mais alto dos últimos 4 anos

Paulo Novais / Lusa

Em 2017, as denúncias que deram entrada na Inspeção-Geral da Administração Interna atingiram o valor mais alto em quatro anos.

De acordo com os dados da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), enviados às Lusa, foram recebidas 772 queixas contra a atuação das forças de segurança em 2017, o valor mais alto dos últimos quatro anos.

Estas queixas representam um aumento de 42 face ao ano de 2016, e visam sobretudo a Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana e Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, forças e serviços de segurança tutelados pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

As denúncias chegaram através de queixas apresentadas por cidadãos (403) e certidões de entidades judiciárias (369).

De acordo com os dados, em seis anos a IGAI recebeu um total de 4.577 queixas. Em 2012, chegaram 817 denúncias, que subiram para 830 em 2013 e desceram para 711 em 2014, no ano seguinte voltaram a subir para 717, em 2016 aumentaram para 730 e no ano passado registaram um novo aumento, situando-se nos 772.

Durante o ano passado, aquele organismo tutelado pelo MAI processou 1.380 denúncias contra polícias, 608 das quais transitaram de 2016 e 772 deram entrada em 2017. Das 1.380 queixas analisadas, a IGAI concluiu quase metade (657) e converteu em processos de natureza disciplinar seis.

No ano passado, foram ainda abertos pelo IGAI 16 processos disciplinares (mais seis do que em 2016), 22 inquéritos (mais dois), não tendo instaurado qualquer processo de averiguações, enquanto em 2016 foram quatro.

Dos 102 processos analisados no ano passado (64 que transitaram de 2016 mais os 38 de 2017), foram concluídos 57.

Contudo, os dados deste organismo não especificam quais as forças e serviços de segurança alvo das queixas e dos processos, nem as participações.

// Lusa

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