Queda de muro de igreja do século XV revela 12 esqueletos humanos em Portimão

Reprodução/Facebook (Portimão)

Devido às chuvas intensas, durante o passado mês de março, ocorreu o desabamento de um muros da Igreja Matriz de Portimão, construídos no século XV — o que resultou na descoberta de um antigo conjunto de ossos.

Ao iniciar os trabalhos para substituir a estrutura, os funcionários responsáveis pela obra foram surpreendidos com o aparecimento de ossos humanos.

De acordo com a revista Galileu, foi acionada uma equipa de arqueólogos para investigar o local que definiu que a ossada era composta por 12 sepulturas diferentes — todas aparentemente datadas entres os séculos XVI e XIX.

A descoberta serviu como prova para ganharem força algumas suspeitas das autoridades sobre a existência de um cemitério escondido sob a terra ao redor da igreja.

Reprodução/Redes sociais

Embora ainda não se saiba nenhuma informação sobre a identidade dos indivíduos encontrados, os arqueologistas estão a trabalhar para entender o contextos dos seus enterros. Não se descarta ainda a possibilidade de mais esqueletos serem encontrados em breve no local.

De acordo com o Popular Mechanics, no passado, as igrejas frequentemente serviam também como cemitérios. Já se sabia sobre a presença de sepulturas na parte de trás da Igreja Matriz de Portimão, mas as descobertas recentes apontam para a possibilidade desses enterros terem ocupado uma área ainda maior do que a imaginada anteriormente.

Rita Dias, arqueóloga e gerente de projetos da ERA Arqueologia disse que, graças às várias cronologias sobrepostas no local, é provável que este tivesse sido usado em diversas épocas, tendo sido descontinuado por volta da década de 1860.

Naquela época, cresceram as preocupações relativamente à higiene. Como consequência disso, os funerais passaram a ser feitos em regiões mais distantes do centro, nos arredores da cidade.

Os registos da região corroboram essa suposição, à medida que destaca a construção de um novo cemitério em 1863.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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