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O seu cérebro vai memorizar este momento mais rapidamente do que imagina. Cientistas argentinos descobriram que os conhecidos “neurónios de conceito” demoram em média apenas 300 milésimos de segundo para formar uma lembrança.
De acordo com informações do site G1, o estudo foi publicado na revista científica Current Biology e os resultados foram obtidos através de tentativas dos cientistas de medir a atividade neurológica de alguns pacientes que fariam cirurgias para curar a epilepsia.
“A formação da memória envolve uma associação de conceitos. Por exemplo, ‘lembro de me ter encontrado com um amigo quando fui ao cinema’ implica dois conceitos: ‘um amigo’ e ‘fui ao cinema’, que se associam para formar uma nova memória que é a de ter encontrado um amigo no cinema”, explica o diretor do Centro de Neurociência Sistémica da Universidade de Leicester na Grã-Bretanha, Quian Quiroga, um dos responsáveis pelo estudo.
“Já há algum tempo demonstrámos que há neurónios no cérebro que codificam conceitos. O cérebro usa esses neurónios para formar memória, e têm um tempo de disparo”, disse o investigador. Esta ligação de conceitos – desde o momento em que vemos a pessoa até o estímulo sensorial chegar ao cérebro – leva apenas 300 milissegundos para ser concluído.
No entanto, os investigadores ainda não sabem ao certo onde é que as memórias ficam armazenadas no cérebro. Ainda falta um longo caminho para que os cientistas encontrem uma cura para doenças degenerativas como o Alzheimer, por exemplo.
Muitos dos mecanismos que pertencem à formação de novas lembranças ainda são uma incógnita, mas ao que tudo indica a ciência está no caminho certo.
Adriano Padilha, ZAP
