Uma equipa de investigadores da NGA, National Geospatial-Intelligence Agency, publicou um mapa mundial que caracteriza a distribuição da radioactividade à superfície da Terra.
O Mapa Global Anti-neutrino 2015, ou AGM2015, é um modelo experimental do fluxo de anti-neutrinos à face da Terra, de origem natural e humana, desenvolvido com base numa recolha de dados sem precedentes até agora.
O estudo, publicado na revista Nature, apresenta ainda possíveis aplicações futuras dos dados para a investigação científica e para uso nos esforços de não proliferação da radiação à superfície.
O mapa usa um conjunto de dados geofísicos de acesso aberto, bem como dados disponíveis ao público de observatórios internacionais de detecção de anti-neutrinos.
“A disponibilidade de dados em acesso aberto de estes mapas de distribuição de anti-neutrinos representa a próxima geração da cartografia”, afirmou Shawn Usman, investigador da NGA e principal autor do estudo.
“Este mapa dá-nos uma perspectiva importante para conseguirmos ter uma compreensão básica acerca do interior do nosso planeta”, explica o cientista.
O neutrino, e o seu primo de anti-matéria, o anti-neutrino, são partículas sub-atómicas produzidas em grande escala no interior das estrelas de todos os tipos, incluindo o nosso Sol, e por supernovas. São também produzidos por outras fontes, como reactores nucleares, materiais radioactivos, e até pela atmosfera terrestre.
Os anti-neutrinos foram detectados pela primeira vez como emissões de reactores nucleares nos anos 1950, duas décadas depois de a sua existência teórica ter sido proposta.
A existência natural de radio-isótopos na Terra produz anti-neutrinos geofísicos, ou geo-neutrinos, e revelam informações acerca do interior do nosso planeta.
“Medir a distribuição de geo-neutrinos é essencial para caracterizar o perfil radioactivo da terra ao longo da sua evolução geológica, e para melhorar o nosso conhecimento do processo de formação planetária no seu estado primordial”, acrescentou Usman.
Numa análise rápida ao mapa, Portugal não parece ter razões para grandes preocupações com os seus anti-neutrinos. Nuestros hermanos talvez não possam dizer o mesmo.
ZAP
Podiam ter feito mais 2 mapas…e compara-los.
1 das centrais nucleares
1 onde são e foram largadas munições de urânio empobrecido
Hola, gracias por publicar esta historia sobre la mapa antineutrino. Soy uno de los autores originales aquí en EEUU. Puedes ver mas, incluso detalles de los reactores nucleares cercanas a Portugal en nuestra pagina web: http://www.ultralytics.com/agm2015
Muchas gracias Glenn
Muy interessante
Gracias
curioso,sera que tem a capacidade de assinalar locais onde ouve eventos nucleares ,como no japao na segunda guerra mundial ?