PSP que matou proxeneta escondeu encontro sexual e arrisca pena pesada

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António Cotrim / Lusa

O Ministério Público não deve avançar com a tese de legítima defesa no caso do agente da PSP que matou um alegado sequestrador e proxeneta, depois de um suposto encontro sexual em Lisboa.

A história começou com um polícia que, à maneira de um herói, montou uma cilada a um alegado sequestrador, acabando por o matar na sua residência na freguesia de Benfica, em Lisboa, na madrugada da última segunda-feira.

Foi essa a versão que o agente da PSP começou por contar, falando de um assalto à mão armada na rua. Afirmou que o alegado assaltante o obrigou a ir a um multibanco e que o convenceu a ir a sua casa, onde teria mais dinheiro para lhe dar.

Mas, afinal, não foi bem o que aconteceu. A luz sobre o caso começou com o testemunho da cúmplice do alegado assaltante, uma mulher que será prostituta. Ela afirmou que tudo se passou num âmbito de um encontro sexual entre ela e o polícia.

Mas o agente terá começado por omitir estes factos aos investigadores, conforme apurou o Correio da Manhã (CM), notando que “o polícia terá aproveitado uma noite em que a mulher e a filha não estavam em casa para se divertir”.

Perante isto, o Ministério Público (MP) “dificilmente avançará para a tese de legítima defesa”, aponta o jornal.

O agente da PSP que integra uma unidade de elite já é arguido por homicídio e poderá incorrer numa pena pesada.

A morte terá acontecido num contexto de divergência quanto ao valor a pagar à prostituta. A mulher terá exigido mais dinheiro e o proxeneta terá aparecido, ameaçando o polícia com uma arma que seria falsa.

O agente ainda foi levantar 40 euros ao multibanco, mas convenceu o alegado proxeneta a ir até à sua casa, onde teria mais dinheiro num cofre. Foi aí que o matou, usando a sua arma de serviço – não estava com ela na rua porque estava fora de serviço.

O CM apurou que o proxeneta já teria ameaçado outras pessoas em contextos semelhantes de encontros sexuais, mas nunca teria sido alvo de investigação porque as vítimas teriam vergonha de apresentar queixa.

A prostituta está em prisão preventiva e indiciada por crimes de roubo e sequestro.

O polícia está em liberdade e já voltou ao serviço, mas sem a sua arma.

ZAP //

1 Comment

  1. Arrisca pena pesada, porque??!!!!!, por ter feito de tudo para nao deixar escapar um criminoso armado!!!!!, parece que, ao contrario deste artigo, a PJ diz que o agente agiu em conformidade com a Lei, ja agora, desde quando e crime um homem solicitar os servicos de uma prostituta????.

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