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PSD. Baixa afluência nas eleições internas pode levar a cortes no financiamento

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José Coelho / Lusa

Uma baixa afluência nas eleições internadas do Partido Social Democrata, no dia 11 de janeiro, pode levar a cortes no financiamento das estruturas partidárias locais.

As eleições diretas para a escolha do presidente do PSD estão agendadas para 11 de janeiro, com três candidatos até ao momento: Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz. O atual líder social democrata já reconheceu que há poucos militantes com quotas pagas, mas espera que este número suba bastante até ao fecho dos cadernos eleitorais.

Por sua vez, as estruturas do partido temem que uma baixa afluência nas eleições internas possam resultar em cortes no financiamento, avança esta terça-feira o jornal Público.

“O universo eleitoral há dois anos era de 70 mil e votaram 40 mil. Neste momento, estamos a rondar os 20 mil. Espero que até 22 de dezembro, mesmo que não se chegue aos 40, que se suba bastante”, disse Rui Rio, no domingo, no final de um encontro com a estrutura nacional de candidatura à liderança do partido.

Uma menor participação de militantes significa que há menos dinheiro derivado do pagamento de quotas. Quem sofre as consequências acabam por ser as estruturas partidárias locais, que recebem um financiamento mais reduzido.

Este pode ser um problema para a estratégia do partido em apostar forte nas autárquicas de 2021, depois dos resultados insatisfatórios nas Europeias e nas Legislativas deste ano. Rui Rio já manifestou a sua intenção de recuperar muitas autarquias, apesar de reconhecer as dificuldades em bater o Partido Socialista.

“A partir do dia 22 de dezembro temos de fazer uma leitura do universo eleitoral e alguém vai ter de assumir responsabilidades, se houver menos pessoas a votar nas diretas”, disse Paulo Cunha, líder da concelhia de Famalicão, em declarações ao Público. “Se houver menos militantes a votar nas eleições, é porque líder do partido não conseguiu congregar”, acrescentou.

O apoiante de Luís Montenegro lança a farpa a Rui Rio, realçando a necessidade de nos questionarmos porque é que o universo eleitoral do partido caiu tanto desde há dois anos para cá. “Não podemos entrar nesta discussão artificial de que agora cada um paga a sua quota e que há dois anos havia pessoas a pagar as quotas de 20 ou 40 mil militantes”.

No domingo, Rui Rio tinha lembrado que foram introduzidas novas regras no partido para acabar com a “vigarice” que o próprio diz que existia no passado, quando havia “um ou dois ou três ou quatro a pagar a quota de mil, duas mil, três mil ou quatro mil pessoas”.

“Quando me candidatei há dois anos disse que isto era inadmissível e que tinha de ser alterado e, portanto, temos novas regras. Se o universo é reduzido é porque está, neste momento, vedada a possibilidade de se fazer aquilo que se fazia no passado. Cabe-nos a todos nós sensibilizar os outros para pagarem a sua quota e poderem votar”, disse Rui Rio.

Paulo Cunha não partilha da opinião do presidente do PSD e garante que o que o país precisa é do “PSD na ação política, e não deste circo das quotas”. A seu ver, “o partido desconfia dos seus militantes” e, Paulo Cunha, diz que não pode concordar com isso.

ZAP //

1 Comment

  1. Com tanta gente competente séria logo estes 3 é que concorrem, ou será que não deixam ps competentes e sérios concorrer? Ou é que não querem ver os seus nomes a serem sujos por esta gente? Há PPD PPD a quem estás entregue, não foi a gente desta que o Sá Carneiro queria nos destinos do PPD.

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