PSD diz basear-se em dados oficiais, “não há aqui uma questão de fé”

PSD / Flickr

Marco António Costa

Marco António Costa

O vice-presidente do PSD Marco António Costa recusou esta terça-feira qualquer “fé” em futuros resultados económicos e sublinhou que os responsáveis da maioria governamental trabalham com “dados oficiais”, realçando a “transparência” do simulador da devolução da sobretaxa de IRS.

“Eu fé tenho, mas não nestes casos. Trabalhamos com base em elementos objetivos, estatísticas independentes (desemprego) e um simulador (devolução em 2016 da sobretaxa de IRS) que apresenta de forma transparente aos portugueses, mês após mês, de acordo com a receita que vai sendo obtida no âmbito do IVA e IRS, aquela que será a devolução previsível no próximo ano da sobretaxa de IRS”, garantiu, em conferência de imprensa na sede social-democrata, em Lisboa.

O coordenador da comissão política laranja destacou que, “ao mês de junho, (a devolução) seria de 19%” em 2016, frisando que “não há aqui uma questão de fé, é uma questão de números”.

Na véspera, a oposição citara a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) para acusar o executivo de Passos Coelho e Paulo Portas de eleitoralismo e de ver os seus objetivos em termos macroeconómicos invariavelmente desmentidos pela realidade.

A UTAO adiantou que o orçamento pode chegar ao final do ano com um desvio de 660 milhões de euros em termos de receitas fiscais previstas, enquanto o Governo tinha estimado uma possível devolução aos contribuintes de 100 milhões de euros em crédito fiscal da sobretaxa de IRS em 2016, caso o aumento de 4,2% da receita fiscal proveniente de IRS e de IVA se mantenha no conjunto do ano de 2015.

“Sabemos, por observação, que o segundo semestre, por natureza, é sempre melhor, do ponto de vista da execução orçamental, do que o primeiro semestre. Sabemos também que estamos numa trajetória de recuperação económica do país. A nossa economia tem-se mostrado cada vez mais robusta e o crescimento económico tem sido gradual, em crescendo”, congratulou-se Marco António Costa, para quem, “objetivamente, sem fé e com base em dados oficiais e previsíveis”, haverá “um crescimento e melhoria da execução orçamental”.

/Lusa

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