Miguel A. Lopes / Lusa

Quatro partidos apresentaram propostas em relação a este e outros assuntos. Todos foram chumbados pela maioria absoluta socialista.
Novo debate na Assembleia da República, desta vez centrado na Educação, na falta de professores e nas dificuldades dos que trabalham longe de casa.
Chega, PCP, Bloco de Esquerda e PAN apresentaram propostas sobre a falta de professores e educadores, sobre a compensação para docentes deslocados da residência e sobre a atracção e fixação de docentes na escola pública.
Mas todas as propostas foram rejeitadas pela maioria absoluta do PS, relata a rádio TSF.
O Chega lamenta a “fuga” para o sector privado: “Por semana, cerca de mil professores pedem para ser substituídos. A fuga de alunos e professores do ensino público não tem paralelo”, avisou Gabriel Mithá Ribeiro.
O PCP, através de Alfredo Maia, deixou outros números: “Em quase 74% dos agrupamentos faltam educadores, professores do 1.º ciclo e docentes de Português, Matemática, Inglês, Francês, Filosofia, Educação Musical e Informática, entre outras disciplinas”.
Inês Sousa Real, do PAN, tenta combater a deslocação de professores e, para isso, o partido defendeu um mecanismo para compensar os docentes colocados a mais de 60 quilómetros de casa.
O Bloco, por Joana Mortágua, prolongou essa ideia: “Os professores são a única classe profissional que é obrigada a deslocar-se para a outra ponta do país sem receber mais um tostão. Estamos à espera que paguem para trabalhar?“.
Só PSD e Iniciativa Liberal não apresentaram propostas, defendendo que as escolas públicas em Portugal devem ser mais autónomas.
O PS vai “atacar o problema identificado” no ano lectivo 2023/2024.
Nas vésperas do arranque deste ano lectivo, havia cerca de 60 mil alunos sem, no mínimo, um professor. Já nos primeiros dias de aulas havia 1.900 horários por preencher.