Pelo menos quatro pessoas morreram nos protestos da última noite contra o Presidente Nicolás Maduro na Venezuela, um dos quais em Caracas e três no Estado venezuelano de Bolívar, anunciou esta quarta-feira uma organização não-governamental.
Segundo o Observatório Venezuelano de Conflituosidade Social (OVCS), uma das mortes, a de um jovem de 16 anos, teve lugar em Caracas, devido a “um ferimento por arma de fogo, durante uma manifestação” em Cátia (centro).
As outras três mortes ocorreram no Estado venezuelano de Bolívar, a 600 quilómetros a sudeste de Caracas, durante protestos prévios às manifestações convocadas para hoje.
Na localidade de San Félix, neste Estado, a população incendiou uma estátua do antigo Presidente socialista Hugo Chávez (presidiu o país entre 1999 e 2013) da qual cortou o busto que foi pendurado na ponte da Av. Guayana.
Segundo o OVCS, os protestos contra o novo mandato de Maduro multiplicaram-se durante a última noite, passando de 30 na noite de segunda-feira para 63, na noite de terça-feira, na grande Caracas (capital e os vizinhos Estados de Miranda e Arágua).
Nos protestos, a população manifesta o seu descontentamento a bater em panelas e através de assembleias nas ruas.
No início desta semana, um grupo de militares acabou detido depois de roubar armamento de uma das sedes da Guarda Nacional Bolivariana e apelar à população para que se revoltasse contra Maduro. O grupo, com 27 militares, difundiu um vídeo nas redes sociais no qual apelava à população para sair às ruas.
ZAP // Lusa