/

Propagandista do Kremlin quer que a Rússia ocupe a Base Aérea das Lajes

19

Guido Melo, U.S. Air Force

Base Aérea das Lajes, nos Açores

E quem diz a Base Aérea das Lajes diz… todas as bases militares que os EUA têm na Europa. “Tropas de ocupação norte-americanas devem ser retiradas” do continente para garantir que “se comportará de forma muito decente.”

Um dos principais propagandistas do Kremlin defendeu que a Rússia deve ocupar bases militares dos EUA na Europa, incluindo em Portugal, para que Moscovo nunca seja alvo de ameaças europeias, noticiou o jornal britânico Daily Express.

Citado pelo tabloide britânico, o propagandista Vladimir Solovyov, ‘pivot’ de um dos programas de televisão de maior audiência na Rússia e apoiante do Presidente Vladimir Putin, defendeu em direto que as “tropas de ocupação norte-americanas devem ser retiradas da Europa”.

“Assim, teremos a certeza de que a Europa se comportará de forma muito decente e que nenhuma ameaça ao nosso Estado virá do território europeu”, afirmou Solovyov numa intervenção que o jornal britânico descreve como “inflamada” e num “tom furioso”.

Num vídeo partilhado na rede social X pelo site noticioso Nexta, Solovyov afirmou que Moscovo “deveria capturar as bases norte-americanas na Alemanha, Itália e Portugal [Base Aérea das Lajes, na ilha Terceira, no arquipélago dos Açores]”.

“Penso que todas as tropas de ocupação norte-americanas devem ser retiradas da Europa e que as bases militares norte-americanas devem ser colocadas a grande distância do território da Federação Russa”, referiu o apresentador durante o programa ‘À Noite com Vladimir Solovyov’”.

“Por exemplo, é perfeitamente possível ocupar parte das bases militares que foram preparadas pelos americanos na Europa Ocidental. Poderíamos muito bem estar estacionados numa série de bases em Itália. Mas Ramstein [Alemanha] poderia ser a nossa base”, acrescentou.

Ramstein é uma base da Força Aérea dos Estados Unidos na Renânia-Palatinado, um estado no sudoeste da Alemanha e serve de quartel-general para as tropas norte-americanas na Europa e África e também para o Comando Aéreo Aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO (AIRCOM).

Rússia prepara-se para “guerra em grande escala” com a NATO

As declarações de Solovyov surgem numa altura de relatos de que o Presidente russo está a preparar-se para uma “futura guerra em grande escala” com a NATO, lembrou o grupo de reflexão do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla inglesa).

O ISW lembrou que, no início deste mês, Putin “ameaçou a Finlândia e a aliança mais alargada da NATO” no canal de televisão estatal russo Rossiya 1.

Nesse sentido, prosseguiu o ‘think tank’ norte-americano, os militares russos estão atualmente a reestruturar o Distrito Militar Ocidental (DMO) para reformar o Distrito Militar de Leninegrado (DML) e o Distrito Militar de Moscovo (DMM) “como parte de um esforço de reestruturação e expansão a longo prazo que visa preparar a Rússia para uma potencial guerra convencional em grande escala contra a NATO”.

“O DMO é responsável pela fronteira russa com os membros da NATO Lituânia, Letónia, Estónia e Finlândia, mas tem estado largamente empenhado na luta na Ucrânia, onde tem sofrido perdas significativas”, sublinhou o ISW.

Por outro lado, lembra o Daily Express, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou no início deste mês que a Rússia estaria disposta a atacar a NATO se ganhasse a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 672.º dia.

Biden, prossegue o jornal britânico, advertiu que “se Putin tomar a Ucrânia, não vai parar por aí”, acrescentando que um ataque da Rússia aos aliados poderia resultar em “tropas americanas a combater tropas russas”.

Nesse contexto, Putin apressou-se a desdramatizar as afirmações de Biden, argumentando que a Rússia “não tem interesse” em atacar a NATO.

“É um completo disparate e penso que o Presidente Biden compreende que a Rússia não tem nenhuma razão, nenhum interesse, nem geopolítico, nem económico, nem político, nem militar, para lutar contra os países da NATO”, afirmou Putin numa entrevista à televisão estatal Rossiya.

ZAP // Lusa

19 Comments

  1. Este Solovyov ainda é mais parvo que o Merdevev. Putin devia mandar calá-lo, antes que ele diga o que o Kremlin vai fazer a seguir. Não falta bazófia em Moscovo!

  2. O tamanho da bazófia de Moscovo é ultrapassado pela inação do ocidente que, logo no início do conflito, deveria ter dado um apoio incondicional à Ucrânia….

    Mas não… estávamos com medo de uma escalada nuclear…. agora Putin e os seus acólitos sentem-se “à vontade”!

    Para acrescentar, temos na Europa o Snr. Viktor Orban, um parceiro de Moscovo…

  3. Estamos de facto no cumprimento das profecias dos últimos dias.
    O povo, protesta por ambiente quando estamos com uma guerra ás “portas” da União Europeia.
    No início era preocupante mas pelos vistos, deixou de ser assim tanto.
    Como se não bastasse o conflito Israel – Palestiniano está para durar e a vida de inocentes está a ser “ceifada” cobardamente.
    Os governantes cada vez mais corruptos e sem interesse pelas condições sociais do povo.
    Terramotos, incêndios, cheias, doenças estão cada vez mais presentes em todo mundo.
    Se dúvidas houvesse, a esta altura estarão dissipadas.
    Armagedon está perto.

  4. Idiotas. A Russia como exercito nada vale, Apenas tem a dissuasão nuclear se é que estas armas funcionam outalvez até sejam interceptadas pelos sistemas de defesa da NATO, Fora isso tem um exercito cujas melhores unidades morreram na Ucrania, agora sobram bebados, civis e mercenários, Claro que algumas mas poucas tropas de elite. Munições já pouco têm , pois compram à Coreia do Norte e Irão … carros de combate é o que se sabe, pouco valem contra os modernos do Ocidente. Um gigante com pés de barro . Basta o Ocidente continuar a apoiar a Ucrânia e os Russos sairão de lá com o rabo entre as pernas. Segundo estimativas ocidentais perderam 350.000 homens. Talvez tenha de chegar ao milhão mas não os podemos deixar ganhar para bem de todos nós, qualquer conquista agora será uma desculpa para mais ações similares no futuro

  5. Se os EUA não tivessem querido integrar a Ucrânia na NATO esta guerra não tinha acontecido. Tudo o que a Rússia quer é garantir a sua segurança face a uma aliança ofensiva, a NATO.

  6. A Rússia quer o quê?
    Chéchénia, Ossétia do Norte, Abkhasia, ilhas curillas, etc, etc, etc.
    Estas regiões dizem-lhe alguma coisa? Pois são regiões que a Rússia quer anexar e não consta que algum dos países onde se situam estivessem para entrar na NATO.
    A Rússia é que está há muitos anos nas fraldas da Europa: o exclave de Koniegsberg, que a Rússia roubou à Alemanha, é que está há muito cheia de armas nucleares.

  7. Nuno Cardoso,
    Diga o nome de um pais que a NATO tenha invadido.
    A NATO foi criada para nos proteger dos assassinos e nazis russos, a unica diferença entre o putin e o hitler é que um tem bigode.
    Se é comunista, explique-me como é que eles dizem que lutaram contra a ditadura, e agora defendem uma ditadura assassina.

  8. Luís,
    A NATO interveio numa postura ofensiva na Iugoslávia, na Líbia e no Afeganistão. Nenhum destes países tinha atacado a Europa…

  9. Nuno,
    Mete mais tabaco nisso, está a fazer-te mal.
    Como é possível apoiares um assassino??
    Um ditador que já matou centenas de milhares de pessoas,
    Tem o maior pais do planeta, não tem população proporcional, para que quer ele mais paises?
    Dassss, estamos no seculo 21, como podes ser tão cego? Também és pago por esses criminosos?

  10. O Luís é pago para emitir as opiniões que emite? Não? Pois eu também não. Quando é que vamos aprender a respeitar opiniões diferentes e quem as emite?…

  11. Pelo que noto a Rússia depois tomar a Ucrânia vai lentamente querer aglutinar os restantes estados europeus subjacentes. Se por qualquer possibilidade a Rússia conseguisse tomar conta da Ucrânia não se ficava só por ali o seu interesse e ambição e mais vasto. O que me preocupa e que todos os países da Europa tem estado adormecidos e não possuem armamento que lhe possam ripostar com o poderio militar russo apenas a França tem a capacidade nuclear para lhe fazer frente os restantes países europeus estão nas cordas e tem como única hipótese de defesa a ajuda dos EUA. E lamentável a Alemanha que tem andado no impasse bem como todos restantes países da Europa, reuniões e mais reuniões e nada decidem, por isso não me admira nada os comentários deste Vladimir Solovyov.

  12. “Pelo que noto a Rússia depois tomar a Ucrânia vai lentamente querer aglutinar os restantes estados europeus subjacentes. Se por qualquer possibilidade a Rússia conseguisse tomar conta da Ucrânia não se ficava só por ali o seu interesse e ambição e mais vasto. ”

    Pelos vistos a sua bola de cristal deve ter sido comprada na Feira da Ladra… Tanto disparate junto…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.