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Pronta para revolucionar o voo, Airbus testa nova asa

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A Airbus está a testar um novo tipo de asa que pode vir a revolucionar a forma como os aviões voam. O primeiro teste aconteceu no início de novembro.

A Airbus encontra-se atualmente a testar um novo tipo de asa para os seus aviões que deverá ajudar a tornar as viagens de avião mais eficientes.

O novo demonstrador de asas de desempenho extra descolou, pela primeira vez, a 6 de novembro, do aeroporto de Toulouse-Blagnac, em França. O pequeno Cessna Citation VII faz parte do novo teste, no qual a Airbus começou a trabalhar em setembro de 2021.

Se os testes forem bem sucedidos, esta pode ser uma estratégia verdadeiramente revolucionária de melhorar a forma como os aviões utilizam as suas asas, permitindo-lhes reduzir o consumo de combustível.

De acordo com a empresa, este projeto destina-se a “acelerar e validar tecnologias que melhorem e otimizem a aerodinâmica e o desempenho das asas de qualquer avião do futuro”. No entanto, na rede social X, a Airbus refere que este foi apenas o primeiro de “uma série de testes” para explorar novas tecnologias para as aeronaves da fabricante.

eXtra Performance Wing, inspirada na Biologia

Recorrendo à biomimética, ou inspiração biológica, o projeto procurou desenvolver uma asa capaz de mudar a sua forma durante o voo, como as asas de uma ave, de forma a maximizar a eficiência aerodinâmica.

Segundo o BGR, o primeiro voo foi um marco importante para este projeto, dado que foram extraídos dados relevantes e exatos do demonstrador que voou com as asas de desempenho eXtra, que poderão chegar aos céus para testes de voo generalizados em 2025.

Os dados recolhidos deste e dos subsequentes testes de voo permitirão aos engenheiros da Airbus medir métricas de desempenho de base que serão posteriormente usadas para determinar o impacto do novo design da asa, como reduções nas emissões de CO2 e no consumo de combustível.

As tecnologias eXtra Performance Wing podem ser aplicáveis ​​a qualquer tipo de aeronave e sistema de propulsão, mas o demonstrador escolhido é muito mais pequeno do que os aviões comerciais – um jato executivo Cessna Citation VII modificado.


“As coisas são evidentemente mais simples em menor escala, mas escolhemos o Cessna especificamente porque constituía o melhor equilíbrio entre a complexidade do projeto e a representatividade do design final”, explicou Sebastien Blanc, diretor técnico da eXtra Performance Wing.

O sistema, projetado para ser totalmente automático, contempla sensores de rajada na frente da aeronave que registam mudanças na turbulência, desencadeando ajustes nas superfícies de controlo da asa.

Além disso, o projeto contempla também as pontas das asas articuladas, que têm dupla finalidade: no solo, evitam que a aeronave ultrapasse a envergadura máxima que pode ser acomodada para certos modelos nos portões dos aeroportos (36 metros); enquanto que, no ar, são flexíveis, capazes de mudar de forma e não exercer muita pressão sobre a asa.

Apesar de ainda não serem conhecidos os pormenores da nova experiência, é uma boa notícia ver empresas como a Airbus comprometidas a procurar melhores formas de reduzir a quantidade de combustível utilizada em veículos como aviões – uma medida que, apesar de ser impulsionada pela necessidade de reduzir o custo do combustível, é muito benéfica para as alterações climáticas.

ZAP //

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1 Comment

  1. Seria interessante que a foto fosse da nova asa – é simplesmente de um normal e actual avião comercial (penso que seja a Boeing que usa as winglets ‘triangulares’).

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