Um menino de 12 anos matriculou-se na Universidade do Gana-Legon, depois de passar os necessários exames do secundário. Viemens Bamfo, considerado um prodígio, tem outra originalidade: foi ensinado pelo pai. Foi a solução encontrada quando este já não tinha meios financeiros para manter os filhos na escola.
Robert Bamfo, o pai, fez o mesmo com um irmão mais velho de Viemens, que entretanto se licenciou em ciências do ambiente. O seu método baseia-se inicialmente na utilização de dicionários e do latim (para expandir vocabulário). Uma vez adquiridas essas capacidades, a criança passa a trabalhar diretamente com manuais, sem os habituais auxiliares, noticiou na quarta-feira o Expresso.
“Ensino-lhe as ciências. Não forneço notas”, disse Robert Bamfo a uma televisão local. “Aquilo que fazemos é centrado nos manuais. Se a criança não compreende o que está a ler, fazemos desenvolvimento da leitura. Eu compreendo o que escrevo. Tenho livros sobre isso, portanto uso-os para os ajudar a apreciar o que leram”.
À conta disso, Viemens Bamfo vai poder fazer um curso superior em Administração Pública. O curso é à distância, mas isso em nada reduz a sua ambição. Diz que quer ser Presidente do seu país quando tiver 40 anos e cita Barack Obama como exemplo.
“Quero melhorar a nossa nação e torná-la um dos países mais altos do mundo”, explicou. Para já, uma imagem da sua pequena figura em traje de cerimónia no meio de centenas de estudantes mais velhos já inspira o Gana, e não só.