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Eis os primeiros problemas na BMW

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Alemães habituaram o mercado a passar ao lado de crises económicas, mas 2024 está a ser um ano fraco, os custos aumentaram e os lucros desceram. E há o caso da China.

Até agora, a BMW superou as crises melhor do que a concorrência. Agora estão a surgir os primeiros problemas.

O aviso é dado no jornal económico Handelsblatt, que até começa por reforçar um aspecto: a BMW vendeu muitos mais carros eléctricos no início deste ano- mas os lucros caíram.

2024 está a ser um ano fraco: vendas quase iguais no primeiro trimestre, mas queda de mais de 25% nos lucros (de 3.7 para 2.7 mil milhões de euros).

Como? Custos de produção mais elevados, em comparação com o ano anterior. Altos preços dos fornecedores e maiores custos laborais.

Com pressão proveniente do mercado dos carros usados, que não dão os resultados que davam, sobretudo por causa da queda global dos valores.

A margem operacional no negócio automóvel caiu para 8,8% no primeiro trimestre, após 12,1% no ano anterior.

O segmento que registou a maior subida de vendas foram os eléctricos (28%).

Mas há outro problema à vista: a China. Se forem introduzidas tarifas punitivas sobre os carros chineses, essa decisão vai prejudicar muito mais a indústria alemã do que o contrário, acredita o presidente da própria BMW, Oliver Zipse.

A BMW e outros fabricantes de automóveis dependem da China, não só porque é hoje o mercado único mais importante para muitas dessas empresas, mas também por causa das matérias-primas que precisam e que costumam vir da China.

Zipse avisa: “Não existe um único carro na União Europeia sem peças da China“.

ZAP //

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3 Comments

  1. O aviso vem tarde, e é erróneo. O que o presidente da BMW deveria estar a fazer era penitenciar-se, a si e à empresa, e às empresas europeias de produção industrial, pela desindustrialização do continente, na mira da redução de custos para aumento de margens. Porque a razão dessa migração não era para ajudar a China na redução de pobreza, mas sim redução de custos e aumento de margens. Esquecendo-se que do lado de cá, quem compra são europeus. E se não tiverem guito, não compram. E que depois, no imediato, além de lhes ser copiado propriedade intelectual, ficam na mão da concorrência. Como está a acontecer.

  2. Está e a ideia que partilho há muito tempo.
    Foi a GANÂNCIA do lucro.
    Um ordenado na europa paga três ou quatro na ásia ( China e outros) e os produtos são vendidos aos europeus que vão comprar, com que dinheiro?
    Com a Russia fizeram o mesmo. A GANÂNCIA do combustível barato e fora agarrados.

  3. Muito bem “feito”, queixam-se de quê !!
    Vou deixar aqui uma experiência verídica que se passou comigo: há uns 8; anis pensei trocar as minhas velhinhas lâmpadas fluorescentes por lâmpadas similares led. Fiz uma pesquisa ao mercado e encontrei made in China a 4 euros a unidade. Pensei..” humm às tantas queimam rápido, estão no tecto” vou comprar das Osram, alemãs com um custo de 18 euros a unidade. Quando vou abrir a embalagem ..Uau MADE In CHINA. O que me espanta é que produzir uma lâmpada dessas não deve custar 4, mas uns 8 euros… Ora fazendo as contas 18- 8 = 10 euros de lucro por unidade. VIVA os BM’s, os JACTiNHOS, os IATs… gente sem escrúpulos !,!!!!!!

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