Transplantar uma cabeça humana parece algo impossível, mas um cirurgião italiano acredita que o pode fazer com sucesso em 2017.
Sergio Canavero, do Grupo de Neuro-modelação Avançada de Turim, em Itália, investiga desde 2013 a possibilidade de transplantar uma cabeça humana. Os resultados do seu estudo, segundo o próprio, indicam que esta é uma possibilidade real que pode ocorrer com êxito dentro de dois anos.
Notando que este tipo de transplante se aplicaria a pacientes com degeneração muscular ou com cancros em estado avançado, o cirurgião explica as técnicas a serem utilizadas num artigo na revista Surgical Neurology International. O investigador frisa, nomeadamente, que o paciente teria que estar em coma induzido durante, pelo menos, quatro semanas, antes de se sujeitar ao procedimento.
Além disso, a cabeça do receptor teria que ser resfriada, tal como o corpo do doador, de modo a evitar a morte das células sem oxigénio.
O cirurgião explica também como procederia ao corte dos tecidos do pescoço, à ligação das veias e das artérias, e à divisão dos nervos da espinha.
Após a complexa operação, o paciente transplantado não seria capaz de mover o rosto, nem de o sentir e não falaria com a mesma voz, de acordo com o cirurgião que salienta também o longo processo de fisioterapia que teria pela frente.
Esta ideia, tal como soa completamente impossível ao comum dos mortais, também é encarada com muitas suspeitas pela comunidade médica.
“Se a sociedade não quiser, não vou fazê-lo, mas se as pessoas na Europa e nos EUA não quiserem, não significa que não se faça noutro lado”, constata Sergio Canavero na revista New Scientist.
O cirurgião espera apresentar os resultados da sua investigação em Junho, durante uma conferência da Academia Americana de Neurologia e Cirurgiões Ortopédicos, em Maryland, nos EUA.
Vai ser um sucesso, especialmente junto da nossa classe politico/partidária.