Jovenel Moïse, Presidente do Haiti, foi assassinado no ano passado com vários tiros dentro da residência presidencial.
O juiz a quem foi entregue o caso concluiu que Ariel Henry esteve envolvido no homicídio do Presidente do Haiti, Jovenel Moïse.
A 7 de julho, o Presidente foi assassinado num ataque de homens armados à sua residência, em Port-au-Prince. Moïse foi baleado 12 vezes e assassinado. A sua esposa, Martine Moïse, também foi baleada, mas sobreviveu.
De acordo com as autoridades haitianas, citadas pela CNN, o homem responsável pela organização do esquadrão era um antigo funcionário haitiano chamado Joseph Felix Badio, que estava em fuga.
Em setembro, uma equipa de elite das forças policiais levou a cabo uma operação secreta, na capital de Port-au-Prince, que visava deter Badio, que estaria numa reunião com o primeiro-ministro Ariel Henry, na sua residência oficial.
Um informador tinha dito aos agentes infiltrados que Henry iria encontrar-se com Badio, sendo que já se tinham encontrado duas vezes desde o assassinato. O plano era deter Badio quando saísse da residência e, depois, já com provas da reunião, prender Henry também.
No entanto, Badio nunca chegou a aparecer. A CNN salienta que a rusga falhada é apenas um exemplo de como os investigadores haitianos estão frustrados nas suas tentativas de investigar o assassinato do Presidente.
Fontes ligadas ao processo disseram que Ariel Henry está no centro de grande parte dessa obstrução, havendo suspeitas do alegado envolvimento do primeiro-ministro no assassinato: tanto no planeamento da morte como na ajuda à orquestração do encobrimento.
“Henry está no centro de tudo isto“, disse um investigador à cadeia norte-americana. “Tudo o que ele fez desde que tomou posse como primeiro-ministro é obstruir (a investigação).”
O caso que investiga o assassinato do Presidente ainda se encontra em curso, mas está praticamente parado. Desde agosto não houve detenções, novos suspeitos, nem provas. Aliás, as dezenas de suspeitos detidos nas primeiras semanas após o assassinato ainda se encontram presos, mas nenhum deles foi formalmente acusado.
Numa gravação, datada do outono do ano passado, o juiz Garry Orélien deixa muito clara a sua opinião: “Ariel (Henry) está ligado e é amigo do cérebro do assassinato. Foi planeado com ele. Ariel é o principal suspeito no assassinato de Jovenel Moïse, e ele sabe disso”, ouve-se na gravação, obtida exclusivamente pela CNN.
Questionado sobre este registo, Orélien disse não se lembrar “de ter falado com alguém sobre o caso”. “Muitas pessoas estão a tentar influenciar o caso e eu não vou cair no jogo.”
Bed-Ford Claude e Rockefeller Vincent demitidos
No início de agosto, algumas semanas após a tomada de posse de Ariel Henry, os investigadores produziram um primeiro relatório sobre o assassinato.
No documento, o então procurador Bed-Ford Claude disse haver provas claras de que foram feitas chamadas telefónicas entre Henry e Badio nas horas que sucederam o assassinato do Presidente.
Claude tornou públicas as provas no início de setembro, proibindo-o de sair do país e solicitando Henry a comparecer num interrogatório formal. Mas o primeiro-ministro recusou-se a aparecer e sustentou que as acusações de Claude, assim como as do ministro da Justiça Rockefeller Vincent, tinham intenções puramente políticas.
Mais tarde, acabou por despedir ambos.
“Queria acusar Ariel Henry depois de o interrogar e penso que Ariel sabia disso. Dispensou-me e ignorou o meu pedido (de vir a interrogatório)”, disse Claude, em declarações à CNN.
Grupo continua a investigar homicídio
As investigações oficiais sobre a morte de Moïse têm estado paradas há meses. Face a esta falta de ação, a CNN sabe que um pequeno grupo de investigadores continuou discretamente o seu trabalho de investigação do homicídio.
“Não temo pela minha vida”, disse um deles à CNN quando questionado sobre a sua própria segurança. “Não se pode matar um Presidente e escapar impune.”
O grupo suspeita de que Badio, que continua em liberdade no Haiti, está sob a proteção do primeiro-ministro e escondido das autoridades. As tentativas de Henry para obstruir a justiça são “claras”, admitem os investigadores.
Com tanta criança orfã e criança de rua lá no Haiti, não seria melhor dizer á mulherada de lá, para usarem a pílula: Estes países mais pobres vivem anarquicamente sabe-se lá porquê e depois dizem que há muita miséria por lá. Cá em Portugal é a mesma coisa. As classes sociais mais pobres multiplicam-se como se não houvesse amanhã, mesmo sabendo que não tem capacidade para criar os filhos, e depois dá só merda. Andam para aí a lixar a vida a outros que não tem culpa da anarquia deles.. Os ricos que são ricos multiplicam-se pouco ou nada e os pobres podiam aprender com eles. A pílula é grátis nos centros de saúde, mas este pessoal gosta de vidas anárquicas.
Anda um bocado baralhado. Na maioria dos países desenvolvidos, onde dizem que o nosso se insere (muito embora eu tenha muitas dúvidas), são sobretudo as classes mais endinheiradas que atualmente têm mais filhos. A classe média quase não tem filhos, ou se tem é apenas um. Ter filhos, fica caro.