A deputada Paula Santos vai assumir as funções de líder parlamentar do PCP. Trata-se da primeira mulher a liderar a bancada comunista, substituindo João Oliveira que não conseguiu ser eleito para a Assembleia da República.
João Oliveira era líder parlamentar desde 2013, altura em que substituiu no cargo o ex-presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares. Agora, vai ser substituído por Paula Santos que foi cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Setúbal.
Note-se que Oliveira falhou a sua eleição pelo círculo de Évora nas legislativas antecipadas para 30 de Janeiro passado.
Esta é a primeira vez que os comunistas vão ter uma mulher à frente da sua bancada parlamentar. Paula Santos terá como vice-presidentes Bruno Dias e Alma Rivera, anunciou também o PCP.
Paula Santos tem 41 anos e é licenciada em Química Tecnológica, ocupando o lugar de deputada desde 2011.
As prioridades do grupo parlamentar do PCP, durante a próxima legislatura, vão ser “os salários” e a “valorização das reformas”, bem como o reforço do Serviço Nacional de Saúde, a habitação e os apoios aos pais em termos de infraestruturas para crianças, como já disse Paula Santos.
A deputada já tinha sido líder interina do grupo parlamentar em 2018 e em 2020, substituindo temporariamente João Oliveira no âmbito da licença de paternidade.
Uma “deputada de valor”, diz Jerónimo
O secretário-geral do PCP considera que Paula Santos é uma “deputada de valor, com grande capacidade de intervenção“, mostrando-se confiante em que irá ser “capaz de assumir esta pesada responsabilidade”.
Questionado pelos jornalistas se considera que Paula Santos irá conseguir manter o mesmo nível de intervenção de João Oliveira, o líder comunista nota que “a experiência” deste “era grande”, mas sustenta que Paula Santos tem “grande capacidade de intervenção” e “grande trabalho nas Comissões”.
“Não se podendo comparar o que não é comparável, a minha camarada Paula Santos será capaz de assumir esta pesada responsabilidade, mantendo o nível de intervenção na Assembleia da República”, frisa Jerónimo de Sousa.
ZAP // Lusa
Muito boa escolha.