A prestação da casa paga pelos clientes bancários no crédito à habitação vai subir acentuadamente em novembro nos contratos indexados à Euribor a três, seis e 12 meses, face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um spread (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de agora 632,16 euros, o que traduz uma subida de 170,83 euros face à última revisão em maio.
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 587,08 euros, mais 102,07 euros do que paga desde agosto.
Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de outubro de 1,997% a seis meses e de 1,428% a três meses.
Já nos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a prestação da casa – para um empréstimo nas condições referidas – será de 684,41 euros a partir de novembro, um agravamento de 234,11 euros face ao que pagava desde novembro de 2021. Neste caso, o valor foi calculado tendo em conta a média da Euribor a 12 meses em outubro e que foi de 2,629%.
Na revisão anterior estes empréstimos beneficiavam ainda de Euribor negativas para os prazos a seis e a 12 meses, sendo que apenas o indexante a três meses tinha já entrado em terreno positivo.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE, que na quinta-feira sofreram novo aumento, em 75 pontos base.
Após vários anos em terreno negativo, as Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro.
De então para cá o BCE já aumentou as taxas diretoras por três vezes, a primeira das quais em julho, sendo este o primeiro agravamento em 11 anos.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
Já a Euribor a três meses entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015.
A Euribor a 12 meses ficou negativa em 5 de fevereiro de 2016, estando positiva desde 21 de abril.
As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Perante o agravamento do custo com os créditos à habitação, o Governo está a preparar um pacote de medidas que visam mitigar o efeito da subida dos juros no rendimento das famílias.
// Lusa
Não se percebe as contas…
Os valores apresentados são meramente exemplos pois o valor a pagar depende não só do spread como dos montantes em divida ao banco.
Se num crédito recente em que praticamente nada se amortizou os valores podem ser proximos dos apresentados quem tiver um credito a 30 anos mas que já tenha pago 15 ou 20 anos do emprestimo o valor a pagar será menor pois já está praticamente só a abater à divida e não a pagar juros dessa divida…
Mas depreendo que o objetivo é alarmar tudo e todos….
Se as taxas de juro do BCE e o spread não se alterarem o valor da prestação mensal mantém-se fixo até pagar a ultima prestação.
Isto é mesmo para alarmar tudo e todos: os que têm crédito à habitação. Aquilo que os bancos fazem (Euribor, bancos…) tem um nome. Roubam à descarada.
Como é que isto é possível; uma pessoa pede 150mil, 30 anos; a meio do percurso, mais ou menos, estes cavalheiros lembram-se de dizer que o cliente deve 200, 250 ou 300mil e o cliente paga caladinho!!
Portanto qual será o nome que se dá a isto? Será democracia Europeia!!!
Que nome se dá a isto?
A questão é:
Como é que as famílias vão pagar, com os pobres ordenados que têm, estes brutais aumentos?