Nova reacção à ideia mais mediática de Donald Trump dos últimos tempos; esta foi sobre a proposta de mudança de nome do Golfo do México.
Donald Trump quer mudar várias coisas em vários países. Quer interferir no Canadá, na Gronelândia, no Canal do Panamá e no Golfo do México.
O presidente eleito dos EUA sugeriu anexar o Canal do Panamá e a Gronelândia, “pela força se necessário”. Ou ainda integrar o Canadá no território dos EUA – aqui pela força económica, não pela força militar.
Diversos altos responsáveis dos territórios em causa já se afastaram desses cenários. A Gronelândia “não está à venda”, o Canadá “nunca” fará parte dos EUA e a soberania do Canal do Panamá é “inegociável”.
Na mesma conferência de imprensa, nesta terça-feira, Trump também disse que o Golfo do México deveria chamar-se “Golfo da América”.
O Golfo do México vai de Flórida a Cancún, ligando a América do Norte à América Central. Passa por territórios de EUA, México e Cuba – os três países controlam as respectivas áreas costeiras do golfo.
A presidente do México também reagiu a esta intenção do futuro líder dos EUA. Mas com outro tom.
Claudia Sheinbaum apareceu com um mapa colonial daquela região, de 1607, para lembrar que toda aquela zona do planeta já teve o nome “América mexicana”.
Por isso, a presidente do México, de forma irónica, sugeriu mesmo que a América do Norte também mude de nome e passe a ser a “América Mexicana” ou “América do México”.
Isto porque, continua Claudia, há um documento fundador de 1814, anterior à Constituição do México, designava aquela zona como América Mexicana.
“Parece-me bem, não?”, perguntou a presidente, citada no Euronews.
Recorde-se que a tensão entre Donald Trump e Claudia Sheinbaum já vem de trás, já que o norte-americano avisou que pode aplicar deportações em massa de mexicanos e de impor impostos muito altos ao México.