/

Portugueses investiram 6 mil milhões no Novo Banco. Agora só recuperam 1,6

8

Os contribuintes portugueses injetaram 6 mil milhões no Novo Banco, desde 2014. Agora, a venda ao BPCE encaixa o valor que o Estado emprestou para salvar o antigo BES. No entanto, os portugueses apenas recuperam 1,6 mil milhões.

A Lone Star anunciou, esta sexta-feira, que chegou a acordo com o grupo bancário francês BPCE para a venda do Novo Banco por um montante equivalente a uma valorização de 6.400 milhões de euros para 100% do capital social.

Este é um valor próximo daquele que o Estado emprestou ao Fundo de Resolução norte-americano para criar e capitalizar a instituição financeira que resultou do Banco Espírito Santo (BES).

Como detalha o Público, entre 2017 e 2020, o Fundo de Resolução gastou mais de 8 mil milhões com o Novo Banco para o criar e capitalizar, após a venda à Lone Star. Desse montante, cerca de 6 mil milhões de euros foram emprestados pelo Tesouro português – montante que está por devolver na sua totalidade.

No entanto, o Ministério das Finanças fez a soma entre o que encaixa e o que recebe o Fundo de Resolução e conclui que esta venda, associada à distribuição de dividendos do Novo Banco, permite ao Estado recuperar apenas 1,6 mil milhões de euros dos fundos públicos injetados.

Como explicou fonte do Fundo ao Público, o uso do resultado da venda pode não ser imediato. Além disso, quando o Fundo começar a devolver ao Estado, e apesar de o montante entrar para as contas públicas, o dinheiro não será todo para saldar a dívida causada pelo Novo Banco aos contribuintes.

“Assalto aos portugueses”

O PCP considera que a venda do Novo Banco é um “assalto aos portugueses” e anunciou que vai avançar com uma iniciativa legislativa para recuperar o controlo público da instituição.

“A anunciada venda do Novo Banco a um grupo francês da banca de investimento é o culminar de um processo que representa um inaceitável assalto aos recursos do povo português”, referiu, em comunicado, o Partido Comunista Português.

O PCP insistiu que a história do Banco Espírito Santo (BES) e do Novo Banco é de assalto aos recursos nacionais, sublinhando que as opções do Governo PSD/CDS nos tempos da troika foram no sentido de salvaguardar os grandes acionistas do BES/GES, cuja propriedade não foi ameaçada.

Conforme apontou, seguiram-se “opções de abdicação do interesse nacional” por parte dos governos do PS, que decidiram a venda e o acordo de capital contingente, levando à “venda ao desbarato dos ativos”.

O partido disse que o interesse nacional não foi tido em conta em nenhuma fase do processo e acrescentou que o atual Governo PSD/CDS limitou-se a observar a entrega do Novo Banco a um grupo estrangeiro, tornando-se “cúmplice deste assalto aos recursos nacionais”.

Miguel Esteves, ZAP // Lusa

8 Comments

  1. Os geniais Negocios dos PSD´s, sabem GASTAR, mas não sabem assegurar o Investimento que é Dinheiro Publico, ou seja dos Contribuintes!
    Tirem as Traves dos Olhos, essa tropa PSD e PS, são uma cambada de Ignorantes, Burros, Arrgantes, andam à volta da Politica porque não sabem fazer mais nada e andam com o Livro de CHeques debaixo do Braçoa a ofereçer de mao beijada, quando 75% dos tugas tem dificuldades em pagar as despesas, e 40% vive no limiar da Pbreza com privacoes de toda a ordem. Aqui está a prova que essa gente não presta, deviam andar a limpar retretes em vez de andar a desbaratar o Dinheiro dos outros!
    Putin que Vazou os PSD´s.

  2. Era muito fácil…. 20% dos lucros iam para pagar a dívida existente. Nem que demorasse 100 anos!

    Agradeçam ao Centeno a aprovação dos 4.9 mil milhões que eles chularam até existir dinheiro disponível…

  3. Assalto aos portugueses, considera o PCP. Claro que foi um assalto. Só que o PCP perde a razão se só agora vê a problema dessa forma. Também a iniciativa que diz ir «avançar com uma iniciativa legislativa para recuperar o controlo público da instituição», démarche bem à sua maneira, também não será a solução. O problema devia ter sido resolvido logo no início e de forma simples. A FALÊNCIA E O FIM DO BANCO e a imputação das responsabilidades criminais a quem trafulhou a situação e a QUEM, à margem, ajudou a iludir os portugueses que tinham caído na arola a ficarem sem as suas poupanças.

  4. Perguntem ao “Alzheimer” de circonstancia que conte a historia do BES como deve ser , e ao Cavaquinho que assegurou poucos dias antes que o BES era seguro , quanto ao outros protagonistas que foram aos bolsos dos Contribuintes da forma mais descarada que há , que venham agora cantar-nos outra canção ! …….Votem neles !

  5. E passa em branco tudo isto…os chegas, os blocos nao convocam uma manifestaçao nacional…que triste ,que povo triste do qual faço parte…até doj tanta indeferença…

Responder a Sérgio O. Sá Cancelar resposta

Your email address will not be published.