Portugueses gastaram mais na farmácia, mas compraram menos medicamentos

Antonello Srino Redazione Met

Comparativamente com 2019, ou seja, ainda antes da pandemia, os portugueses gastaram nestes primeiros oito meses do ano mais dez milhões de euros na farmácia, embora tenham comprado menos 200 mil embalagens.

Segundo o Jornal de Notícias, nos primeiros oito meses de 2021, os portugueses gastaram mais 10 milhões de euros na farmácia, embora tenham comprado menos 200 mil embalagens de medicamentos em comparação com o mesmo período de 2019.

O jornal explica que optou por comparar o último relatório deste ano com o do mesmo mês de 2019, uma vez que o ano de 2020 foi um ano atípico na aquisição de medicamentos devido à pandemia da covid-19, no qual se registou uma grande redução das consultas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na opinião do Infarmed, o agravamento da despesa resulta da introdução de novos fármacos no mercado que ainda têm patente e que, portanto, não têm alternativa ao nível dos genéricos, como é o caso de medicamentos utilizados na insuficiência cardíaca, fibrilhação auricular e dislipidemias.

Em declarações ao diário, a Autoridade Nacional do Medicamento realçou que “os novos medicamentos podem apresentar um custo médio mais elevado quando aportam um benefício terapêutico e, consequentemente, melhores resultados em saúde na população portuguesa”.

Por sua vez, a presidente da Associação de Farmácias de Portugal, Manuela Pacheco, considerou que esta situação está relacionada com a dificuldade em obter receitas médicas. “As dificuldades no acesso às consultas médicas levam muitos doentes crónicos a levantar medicação nas farmácias sem receita”, disse ao JN.

ZAP //

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