Portugueses defendem sanções à Rússia e entrada da Ucrânia na União Europeia

Miguel A. Lopes / Lusa

Dos países estudados, Portugal é o mais favorável à aplicação de sanções económicas à Rússia, mesmo que isso signifique preços mais altos de energia.

As conclusões da mais recente sondagem da Euroskopia, uma aliança de empresas de sondagens europeia, mostram que os portugueses defendem as sanções aplicadas à Rússia, a entrada da Ucrânia na União Europeia e apoiam o envio de armamento português para os ucranianos.

Entre outros assuntos, os portugueses também parecem culpar a Rússia pela guerra, dão nota alta à gestão do Presidente ucraniano, Volodomyr Zelenskyy, e são a favor da criação de exército europeu comum.

De um grupo de 12 líderes políticos europeus e mundiais, os portugueses inquiridos deram 7,8 a Zelenskyy, numa escala de 0 a 10. Por outro lado, o Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu nota 1.

O pódio ficou completo com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (6,5), e o Presidente dos EUA, Joe Biden (6).

Curiosamente, o primeiro-ministro demissionário Boris Johnson recebeu a quarta melhor pontuação atribuída pelos portugueses (5,9).

Dos nove países estudados, Portugal é o que mais quer a adesão de Kiev, com 69% dos portugueses inquiridos a defenderem a sua adesão. Segundo o Observador, seguem-se Montenegro (com 46% dos portugueses a concordarem), Bósnia e Macedónia do Norte (ambos com 44%).

Albânia e Sérvia recebem a aprovação de 43% dos portugueses, enquanto Kosovo e Turquia ficam-se pelos 38% e 37%, respetivamente.

Cerca de oito em cada dez portugueses (78%) concordam com a opção de Portugal enviar armamento para a Ucrânia. Dos países inquiridos, só a Áustria (77%) e a Holanda (75%) se aproximam deste valor.

A esmagadora maioria dos portugueses (94%) atribuem aos russos a culpa pela guerra na Ucrânia. Pelo contrário, 17% dos entrevistados atribuem a responsabilidade aos ucranianos, 16% aos norte-americanos e apenas 6% à União Europeia.

Além disso, Portugal é, dos nove países em estudo, o que mais apoia a ideia da criação de um exército europeu comum, que rivalize com EUA, China e Rússia.

Dos países em estudo, os portugueses são também os que mais acham (74%) que a Europa deve impor sanções ao petróleo e gás russos — mesmo que isso implique uma subida dos preços da energia.

ZAP //

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