Portuguesa terá morrido devido ao apagão

4

António Pedro Santos / LUSA

Mulher de 77 anos morreu durante o apagão com falta de oxigénio, depois de o ventilador a que estava ligada 24 horas por dia ter ficado sem bateria. INEM demorou 36 minutos a chegar.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, pediu à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) que abrisse uma inspeção ao caso de uma mulher que se encontrava ventilada, e que terá morrido devido ao apagão desta segunda feira. A informação foi confirmada ao jornal Público por uma fonte do Ministério.

A vítima tinha 77 anos e encontrava-se em casa, no Cacém, em Sintra, onde estava ligada todo o dia a um ventilador mecânico, que a ajudava a respirar. Quando a luz foi abaixo, o aparelho ficou sem bateria, e o filho chamou o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que terá demorado 36 minutos a chegar ao local, devido ao trânsito, justifica o INEM.

Por falta de comunicações, a família diz que os funcionários do INEM “pareciam baratas tontas”, e acredita que a morte da vítima, por falta de oxigénio, foi provocada pelo apagão. “Quando liguei para o INEM, a bateria estava a 50%”, contou o filho, António Casimiro. “Disseram que já vinham, demoraram 40 minutos. Quando chegaram, a minha mãe estava morta a olhar para mim“, disse à RTP.

“A minha mãe começou a dizer: ‘não ligues já, não ligues já’. Foi o meu mal. Havia de ter ligado. Se não houvesse o apagão, a minha mãe estava viva, disse.

O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, Rui Lázaro, citado pela Renascença, pede mais meios para o INEM. “36 minutos para uma emergência médica grave, em claro risco de vida, é excessivo em qualquer circunstância, não é aceitável num país desenvolvido e numa das grandes cidades do país”.

ZAP //

4 Comments

  1. Continuem com as energias renovaveis e teremos mais apagões. Tão simples quanto isso. As consequencias foram de vida/morte e pura incapacidade de liderança para os seguidores do culto do clima.

    2
    1
    • Santa paciência. Há sempre um menos inteligente com uma teoria mirabolante que vai contra tudo o que se sabe. A incompetência dos espanhóis a gerir a rede elétrica nada tem a ver com a energia solar ou eólica. Acidentes vai haver sempre, agora a maneira como se lida com os imprevistos é que faz toda a diferença. Houve uma queda abrupta na produção que ainda não se sabe porquê, e eles não souberam lidar com isso e o sistema veio todo abaixo, tão simples como isso, fosse tudo a carvão vinha abaixo na mesma.

      • Treta! Se fosse tudo a carvão não tinha havido esta situação. Escute, eu tenho paineis solares há mais de 10 anos, mas nunca, NUNCA pude basear-me neles. Basta virem nuvens, ou o pôr do sol, e a produção quebra. Se a produção quebra, o quadro dispara quando estamos a consumir demasiado para a produção instantânea.

        Isto NUNCA teria acontecido se Portugal tivesse mantido as centrais de carvão, nem que fosse de prevenção.

      • Treta. Temos paineis solares há mais de 10 anos e sempre que aparece nuvens ou o sol se põe, se insistirmos em gastar essa energia instantânea, o quadro dispara.

        Se Portugal tivesse mantido as centrais a carvão, mesmo que só por precaução, poderiam ter fornecido a energia suficiente para manter a rede a funcionar.

        A única energia renovável que se consegue usar quando há quebras das outras, é a hídrica. Isso partindo do pressuposto que existe água suficiente na barragem.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.