Governo de Pedro Sánchez suspeito de intervir na federação de futebol; UEFA e FIFA não permitem. Mas Portugal e Marrocos estão prontos.
A Espanha pode ficar fora das competições internacionais de futebol. Uma ameaça a curto prazo.
Em causa está a decisão do Governo de Pedro Sánchez, de interferir na Real Federação Espanhola de Futebol.
Na semana passada foi anunciado que o Governo vai supervisionar a federação, através de uma comissão criada pelo Conselho Superior do Desporto – que está dependente do Ministério do Desporto.
A comissão surge após várias polémicas à volta do presidente anterior, Luis Rubiales, entre elas o beijo à jogadora Jenni Hermoso. Entretanto já foi apresentado o seu sucessor: Pedro Rocha.
Essa supervisão, assegura o Governo, aparece no “interesse de Espanha” – mas UEFA e FIFA não estão convencidas.
As duas entidades estão a analisar a comissão, que pode colocar em causa a independência da federação de futebol – algo que UEFA e FIFA não permitem.
O jornal AS indicou nesta segunda-feira que UEFA e FIFA “não toleram” esta medida. Não aceitam interferências políticas, levantam muitas questões à volta da tal comissão.
Caso as duas entidades que regem o futebol considerem que há mesmo interferência política, as consequências para o futebol espanhol seriam drásticas e imediatas.
Entre elas: ficar fora de todas as competições internacionais. Incluindo o próximo Europeu e os Jogos Olímpicos, ambos neste ano.
E mais: o Mundial 2030 não passará por Espanha, se for aplicado o castigo máximo.
Ou seja, Portugal ficaria, para já, só com Marrocos na organização do torneio – mas teriam de encontrar outro parceiro, já que a FIFA obriga a que pelo menos um estádio do Mundial tenha 80 mil lugares, algo que não acontece em Portugal (ou então algum estádio teria de ser remodelado, nomeadamente o do Benfica).
Mas o jornal AS acrescenta que há sinais que mostram que Portugal e Marrocos estão prontos para organizar o torneio sem Espanha.