Mário Cruz / Lusa

Desde 2000, Portugal perdeu quase metade (49,5%) das suas escolas, passando de 17.351 no ano letivo 1999/2000 para 8.584 em 2016/2017.
Os números são avançados esta terça-feira pelo Correio da Manhã, que cita dados constam na 6ª edição do ‘Retrato Territorial de Portugal’, do Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o matutino, o maior decrescimento aconteceu nas escolas públicas: durante o mesmo período de tempo, estes estabelecimentos passaram de 14.748 para 5.923 – um quebra na ordem dos 60%.
Sentido inverso traçaram as escolas privadas, que aumentaram ligeiramente: cresceram de 2.603 para 2.661 durante o século XXI.
Segundo o mesmo relatório, os municípios do Porto e de Odivelas apresentam melhores resultados. “Mais de 90% do território dos municípios do Porto e de Odivelas tinham um estabelecimento de Ensino Pré-escolar e de Ensino Básico a 15 minutos de distância a pé”, pode ler-se no documento do INE.
Ainda de acordo com o INE, “84,7% da população dos 6 aos 14 anos estava a 20 minutos de um estabelecimento de Ensino Básico”. Simultaneamente, mais de metade, “56,2% da população dos 15 aos 17 anos encontrava-se a 25 minutos de um estabelecimento de Ensino Secundário”.
Não é apenas a falta de alunos mas a casmurrice dos políticos em encurralar tudo ás centenas ou milhares em super-escolas causando assim vários problemas graves de comunicação e de controlo.