Portugal é dos poucos países que não controla os preços da habitação. FMI alerta para risco de bolha

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A par de Luxemburgo, Alemanha e Países Baixos, Portugal integra uma pequena lista de países da OCDE que não está a conter a explosão dos preços das casas.

Portugal está entre os países com o pior rácio de acessibilidade habitacional nas economias da OCDE e enfrenta uma nova aceleração nos preços das casas.

Segundo um artigo publicado na revista Finance and Development do Fundo Monetário Internacional (FMI), o país integra um pequeno grupo que não conseguiu conter o ritmo de valorização do mercado imobiliário residencial no período pós-pandemia, juntando-se a Países Baixos, Luxemburgo e Alemanha.

O estudo, conduzido por Enrique Martinez Garcia, economista da Reserva Federal de Dallas, aponta para uma “nova vaga global de exuberância de preços” semelhante à que antecedeu a crise financeira de 2008-2009.

Apesar de esforços regulatórios para limitar bolhas especulativas, em Portugal os preços das casas continuam a crescer acima das variáveis fundamentais do mercado, como o rendimento disponível.

A análise recorre a dados da Base de Dados Internacional de Preços da Habitação da Fed de Dallas, que monitoriza sinais de “exuberância” imobiliária através da evolução dos preços reais e do rácio preço-rendimento.

Estes indicadores apontam para um aumento de 55% nos preços reais das casas em Portugal desde 2005, enquanto o rendimento disponível per capita subiu apenas 9% no mesmo período.

Dados recentes do Instituto Nacional de Estatística mostram que os preços das casas em Portugal cresceram 9,8% no terceiro trimestre de 2023 face ao ano anterior, atingindo um novo recorde.

A Comissão Europeia também demonstrou preocupação, alertando que o aumento desproporcional dos preços em relação aos rendimentos, impulsionado pelo investimento estrangeiro e pela oferta limitada, requer “vigilância apertada”, cita o Jornal de Negócios.

O FMI destaca que, à medida que o rácio preço-rendimentos aumenta, o acesso ao financiamento é reduzido, o que pode limitar a procura e causar uma correção nos preços.

No entanto, o artigo sublinha que as atuais regras macroprudenciais podem não ser suficientes para prevenir riscos de bolhas habitacionais e sugere uma coordenação internacional mais robusta, instrumentos financeiros específicos para o setor habitacional e atenção aos fluxos globais de capital.

ZAP //

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7 Comments

  1. Aqui ninguem “controla” nada no interesse da generalidade.
    No 25/4 trouxeram para cá as Teorias do Estado Marxistas (Capitalismo de Estado) e a “malta” anda preocupada a “controlar” os DInheiros dos Impsotos como “sacar” e como “gatar” O resto é tretas para irem enganado o Povoado, que isto é uma maravilhada, de fazer inveja ao resto da UE.
    A INLAÇÃO é um Veneno para as Economias e há que fazer tudo para travar, vimos isso com a intervenção do BCE com a subida dos Juros.
    Aqui faz-se o contrario, fomenta-se a INFLAçÃO com as “medidasQ” do Governo, mormente os Incentivos dos jovens até aos 35 Anos, os Vistos Golda para o negocio do Imobiliarioo, o AL que faz “secar” o mercado da Habitações disponiveis,
    É com as medidas que se prova que o Governo não sabe o que está a fazer, pura e simplesmente não conhecem a Matéria da Economia, andam a ai a brincar ao Poder, eu quero posso e mando, como “acho” (a minha frac a inteligencia e conhecimento) diz) e o Pais lá vai andando, com mais impostos se a coisa ficar feia.
    O Relatorio sobre as CompetenciAS tuga feita pela OCDE é clara, esta gente só conseguem resolver coisas do Nivel 1 , o baisco. Mas acho que nem isso.

  2. Sem problema, o estrangeiros endinheirados continuarão a ter capital para comprar casas em Portugal.
    Na próxima Bolsa de Turismo de Lisboa, ou melhor, na próxima Better Tourism Lisbon, vão fazer já um referendo para uma designação mais globalista da que é hoje chamada de República Portuguesa, uma vez que deixa de fazer sentido pois não existe Português que resista aos custos de vida deste pequeno canto do mundo.

    • Dos estrangeiros endinheirados não tenho nem inveja nem pena nenhuma. Pagam a Dobrar para aprenderem a não serem Burros. A questão é simples, eles compram no “calor” dos preços coisas que não valem metade, depois um dia querem vender e ninguem paga o que eles pagaram. Pois, o mesmo aconteçe com os tugas e em ultima anãlise estão os Bancos “com o menino nas Mãos” e o mais lixado é que o “Governo” parece que não quer saber, pois tem os “pretogueses” sempre à mão e em prontidão para PAGAREM as burridades que fazem

  3. O FMI nao esté devidamente bem informado sobre os preços do Imobiliario na Alemanha. Há gente que fala sem terem conhecimento da realidade.
    Uma coisa é os Preços dos alugures, e outra coisa é o preço de compra.

  4. Portugal está à venda e um dia será basicamente um produto a gerar lucros para os países dos turistas. Ah, espera, já é assim…

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