Portugal tem as suas reservas alimentadas graças ao transporte marítimo.
Ao contrário do que acontece em alguns países do Este da Europa, dependentes do gás russo, Portugal não se encontra comprometido no que respeita ao gás natural. De acordo com a REN, empresa concessionária das infraestruturas destinadas à substância, as reservas portuguesas estão a 80% e acima da média europeia. “A infraestrutura do armazenamento subterrâneo no sistema nacional está a cerca de 80% da sua capacidade e a reposição de existências permitiu a recuperação necessária para o período de Inverno“, disse ao jornal Público fonte da empresa.
A REN Armazenagem é a empresa a quem foi entregue a concessão der armazenamento subterrâneo de gás natural situado no sítio do Carriço, em Pombal.
“Após uma fase de redução acentuada nos níveis de enchimento das cavernas, em linha com praticamente todos os países da Europa, a recuperação efetuada nos últimos meses de 2021 permitiu chegar a Dezembro com “um nível de 81,1%“, que é superior “ao nível médio apresentado no mesmo contexto europeu (53,8%), revelou a empresa ao mesmo jornal.
Portugal dispõe de ligações a Espanha por gasoduto, o que permite o contacto com as jazidas argelinas, mas mais de 90% do gás natural recebido chega por barco, através do porto de águas profundas de Sines (para assegurar um consumo anual próximo dos 70 TWh).
Neste âmbito, a REN Atlântico é concessionária da atividade de recepção, armazenamento e regaseificação no terminal de gás natural liquefeito (GNK) de Sines e desde o início do ano já recebeu sete navios: quatro provenientes da Nigéria, dois dos Estados Unidos e um da Trindad e Tobago – “em média, cada navio descarrega cerca de 950 GWh de energia no terminal de Sines”.