Miguel A. Lopes / Lusa

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco
“Escolho a palavra interesses propositadamente. Os deputados devem mesmo defender interesses”, insistiu o presidente da Assembleia.
O presidente da Assembleia da República alertou nesta terça-feira para o risco de Portugal ficar só com políticos sem interesse nenhum e sugeriu uma mudança de regras e mentalidades por ocasião dos 50 anos das primeiras eleições livres.
Estas posições foram defendidas por José Pedro Aguiar-Branco na abertura de uma conferência sobre “O estatuto dos titulares de cargos políticos – cinco anos depois”, na Sala do Senado, no parlamento.
Na sua intervenção, o presidente da Assembleia da República considerou que a política portuguesa “precisa de mobilizar os académicos mais capazes, os profissionais mais qualificados” e “os representantes mais adequados para os diferentes interesses que existem na sociedade”.
“Escolho a palavra interesses propositadamente. Os deputados devem mesmo defender interesses: os das suas terras e regiões, os de uma classe profissional, comunidade ou setor, os interesses dos agricultores ou dos professores. É o conjunto dos interesses que constitui o interesse nacional”, sustentou.
Depois, deixou um aviso: “Quando estamos, por demagogia, inveja ou maledicência, demasiado preocupados com os interesses dos políticos, corremos o risco de só ficar com políticos sem interesse algum”.
O antigo ministro social-democrata admitiu que esta posição seja polémica e impopular, mas, na sua perspetiva, “criou-se em Portugal um terreno armadilhado na discussão sobre o estatuto dos titulares de cargos políticos”.
“Não só pelas leis, mas sobretudo pelo ambiente mediático que se criou. Um ambiente de suspeição face aos políticos, sem cuidar do que é trigo e do que é joio, degradando, por falta de rigor, o sentido nobre da função. Um ambiente que, tantas vezes, parece querer cobrar dos políticos um grau de transparência que visa apenas o voyeurismo e não o escrutínio sério de que serve a causa pública”, criticou.
Neste contexto, o presidente da Assembleia da República fez uma proposta para combater um ambiente que “presume que todos são suspeitos e potenciais culpados” e que inverte o ónus da prova.
“Celebramos, neste ano, os 50 anos das primeiras eleições livres. É uma excelente ocasião para homenagear os nossos primeiros deputados, os fundadores do regime democrático. Mas também é tempo de pensarmos no futuro, de mudarmos regras e mentalidades, para que volte a ser possível recrutar os melhores para a política”, advogou.
Na sua intervenção, José Pedro Aguiar-Branco admitiu que, face à atual realidade, figuras como Natália Correia, Lucas Pires ou Sophia de Mello Breyner talvez não estivessem na vida política.
“Precisamos de mudar a forma como olhamos para a política, as exigências que, enquanto sociedade, fazemos aos servidores públicos. Todos sabemos como é difícil a quem tem uma vida privada participar na política”, disse.
O presidente do parlamento considerou mesmo que “quem tem uma carreira profissional, quem tem currículo no setor privado, quem tem empresas próprias, quem fez negócios, vê-se muitas vezes inibido de participar na política, ainda que sem qualquer incompatibilidade ou conflito de interesses”.
“E corremos o risco com isso de atrair, para o serviço público, apenas os que não têm percurso feito no privado, os políticos de carreira os que sempre fizeram política – e nada mais”, acrescentou.
Na abertura da sessão, a presidente da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, a social-democrata Ofélia Ramos, classificou Aguiar-Branco como uma “referência em defesa do pluralismo e da liberdade”, e salientou que a ética e a transparência “não são uma opção mas um dever” dos políticos.
Num momento em que se discute a possibilidade de se agravar sanções aos deputados com conduta imprópria, Ofélia Ramos advertiu porém que não se deve criar leis de forma reativa e precipitada.
// Lusa
Este PSD não me engana, cada vez mais revela o que afinal é a tal coisa de “Social-Democracia”,
“Criar Riqueza” é o mote do Monte Negro, disse e disse bem, só que não disse que era para os proprios bolsos.
O que temos aqui é o “Reino do Cada um Puxa a Brasa à sua Sardinha”, os outros que se phodam.
O PSD é uma catastrofe, já no tempo do Caveira da Selva, era exctamente a mesma coisa, cada puxa a brasa à sua sardinha, e então “servem-se” do Poder Legislativo , do trafico de influencias, da Corrupção para levaram a agua ao seu moinho.
Miseráveis.
Vão embora, quanto mais depressa melhor para as pessoas e para o Pais.
Exactamente os tugas para viverem melhor, estão a precisar de corruptos, ladroes, malabaristas do Expediente Juridico, da Lei, da Justiça.
Gente repugnante, miseraveis.
“É o conjunto dos interesses que constitui o interesse nacional” isso aconteceria se todos os interesses estivessem representados.
Assim corre-se o risco do interesse nacional ser o interesse dos advogados, que são a maioria.
Acha que o Advogado não sabe muito bem o que Instresse Publico, Estado de Direito, etc., e precisa que lhe expliquem.
Claro que não precisa que lhe deem lições, na verdade só provam que são uns manhosos, a tentar justificar com falsos argumentos associando a figuras juridica, para justificar as suas javardices. Uns aldraboes de 1º, melhor só mesmo o Diabo.
Vejamos se conduz a um resultado postivo a afirmação do “Conjunto de Intereses.
É do Interesse do Colectivo a INFLAçÃO no Imobiliario, provocado pela vendas de imobiliario a estrangeiros e a afectação de frações ao AL, começado pelo PSD do Passos de Coelho e agora o Monte Negro?
A INFLAÇÃO tem consequencias profundas e nefastas em toda a economia, e neste caso está a provocar o caos Social.
Logo, os Conjunto de Interesses (Visto Gold, AL, vendas Estangeiros, Lei dos Solos) não é de maneira nenhuma do Interesse do Colectivo, logo é falso o pressuposto.
É isto os ratinhos espertos e audazes em argumentos, com que temos que nos a ver e temos de nos desenvicilar. Essa gente definitivamente não são o “bem”:
Os interesses de encher os bolsos??