Ponte histórica em Londres coberta com papel de alumínio por causa do calor

Phil Beard / Flickr

A ponte Hammersmith

A ponte já estava a ser reparada, mas agora juntou-se a técnica do papel de alumínio a um sistema de “ar condicionado gigante”.

A ponte Hammersmith já estava a ser reparada devido a rachas que impediam a passagem dos carros, e agora foi coberta com papel de alumínio.

A onda de calor atual já provocou, no Reino Unido, o dia mais quente da História do país — esta terça-feira — e está a exigir medidas extremas para proteger também as estruturas históricas, segundo o Observador.

Nos últimos dias, a ponte Hammersmith, construída na era vitoriana, foi coberta por enormes pedaços de uma película protetora de papel de alumínio, para fazer face às preocupações com as rachas na ponte.

A ponte foi construída sobre o Tamisa, em 1887, e já se encontrava em más condições. Desde 2020 que servia apenas para peões e bicicletas, enquanto decorriam trabalhos de reparação, de 164 mil euros.

No entanto, a onda de calor extremo trouxe ainda um fator de preocupação adicional, de acordo com a BBC News.

Assim, a Hammersmith tem agora vários troços cobertos por papel de alumínio, com o objetivo de evitar que as rachas aumentem de tamanho devido ao calor e acabem por prejudicar a estabilidade da estrutura.

A ponte já tinha um sistema de controlo de temperatura desde 2020, que custou cerca de 492 mil euros para manter o metal da estrutura frio.

Funciona como uma espécie de “ar condicionado gigante”, colocado nas correntes que ligam as várias partes da ponte, segundo explica o conselho municipal de Fulham, responsável pela ponte, citado pelo The New York Times.

As correntes têm de se manter a temperaturas baixas. Se atingiram os 18 graus, a ponte terá de ser fechada, de acordo com as autoridades de Fulham.

Durante a noite, os engenheiros têm colocado pedaços de papel de alumínio, para tentar conter os danos de uma onda de calor ainda maior.

O papel de alumínio permite refletir a luz durante o dia, em vez de o sol aquecer a ponte e provocar ainda mais ou danificar as rachas já existentes.

“A segurança do público é a nossa primeira prioridade”, garantiu Sebastian Springer, engenheiro responsável pelo projeto, citado pela BBC.

“O sistema de controlo de temperatura permite-nos seguir picos de temperatura e mantê-la constante. Agora que estamos a lidar com calor extremo, estamos a arranjar soluções inovadoras para manter a temperatura no padrão”, acrescenta.

Segundo o site do Governo, já há “microfraturas” detetadas na ponte há muito tempo, sendo que algumas podem vir da própria construção da ponte — defeitos de fabrico.

“Dado o mau estado da ponte”, refere o executivo britânico, é usado um sistema de monitorização acústico para seguir a evolução do material.

Em agosto de 2020 percebeu-se, ao utilizar este sistema, que uma das 13 rachas conhecidas tinha crescido e, por isso, decidiu-se fechar a ponte ao trânsito.

ZAP //

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