“Até nenhum sobrar”. Político israelita cita Hitler e apela à expulsão em massa de palestinianos

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Moshe Feiglin

Moshe Feiglin, um dos rostos mais conhecidos da extrema-direita em Israel, usou uma frase de Hitler sobre o extermínio de judeus para defender a remoção forçada dos palestinianos de Gaza.

Numa recente entrevista televisiva, Moshe Feiglin causou polémica ao inspirar-se em Adolf Hitler para defender a expulsão em massa dos palestinianos da Faixa de Gaza. Feiglin já foi deputado e integrou o partido Likud, do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, entre 2013 e 2015. No entanto, saiu para fundar o seu próprio partido de extrema-direita Zehut.

Durante um painel de discussão no Canal 12 israelita, Feiglin defendeu a expulsão de toda a população da Faixa de Gaza e apelou a que Israel transforme o território numa “Gaza hebraica”, referindo-se aos palestinianos como “islamo-nazis“.

“Não somos convidados no nosso país, este país é nosso, na totalidade. Tal como Hitler disse, ‘não posso viver se sobrar um judeu‘. Não podemos viver até nenhum islamo-nazi sobrar em Gaza”, referiu, citado pelo Hareetz.

Esta não é a primeira vez que Feiglin faz comentários controversos sobre Hitler. Numa entrevista em 1995, o político israelita descrevey o ditador alemão como “um génio militar sem paralelo” que implementou um “regime exemplar, um sistema de justiça adequado e ordem pública”. Em resposta à polémica, Feiglin afirmou que o seu elogio às capacidades militares de Hitler não significa que é um admirador do líder nazi.

Feiglin também já anunciou a sua intenção de se candidatar contra o Likud nas próximas eleições, criticando a forma como Netanyahu está a lidar com o conflito de Gaza. Num comício de extrema-direita em janeiro, Feiglin sublinhou a necessidade de um novo primeiro-ministro disposto a tomar medidas drásticas para resolver o conflito.

“Para nós, a guerra em Gaza não é apenas uma guerra defensiva. É uma guerra de libertação, a libertação da terra dos seus ocupantes” afirmou. Feiglin defendeu anteriormente a “destruição completa de Gaza” numa entrevista à Al Jazeera, comparando a devastação proposta à de Dresden e Hiroshima, e já participou num ataque à mesquita de Al-Aqsa organizado por grupos de extrema-direita.

A história dos colonatos israelitas em Gaza remonta à Guerra dos Seis Dias em 1967, quando Israel capturou a região, que é reconhecida pelas Nações Unidas como território palestiniano. Os israelitas criaram 21 colonatos e dominaram o território até 2005, quando o então primeiro-ministro Ariel Sharon ordenou a retirada dos israelitas da zona. Dois anos depois, o Hamas assumiu o controlo de Gaza após vencer as eleições e desde então tornou-se o principal grupo palestiniano de oposição a Israel.

Adriana Peixoto, ZAP //

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11 Comments

  1. Ironia foi o Hitler ter tentado fazer o mesmo com os próprios judeus quando estes quiseram dominar e apoderar-se da Alemanha como fazem agora na palestina e tudo com o apoio e cumplicidade dos EUA e seus vassalos europeus sendo inclusivamente Portugal um dos países que mais armas fornece a Israel.

  2. Dizer que Hitler era um génio militar já revela o desconhecimento deste energúmeno sobre o ditador nazi, o que é só uma das peculiaridades que não o dignificam.

  3. Palestinos a muito que se foram pelas mãos dos muçulmanos. Eram gregos e espanhóis, o que existe hoje são imigrantes da Arábia, Egipto e Jordania ocuparem os terrenos do outros. Exactamente o que eles tentaram fazer na Europa. Se querem fazer jornalismo expliquem o que foi o “Êxodo judaico dos países árabes”

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  4. Só em 1970, entre 800 mil e um milhão de judeus fugiram ou foram expulsos de suas casas nos países árabes.
    Os judeus viveram no Oriente Médio, Norte da África e na região do Golfo Pérsico desde 2500 anos antes do nascimento dos modernos estados árabes. Hoje em dia algum destes países os judeus podem se contar com duas mão…. Alguém interessado em jornalismo? Ou só espalhar odio contra um grupo Adriana? Isso tem nome já agora.

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  5. Adriana conheces o nome Amin al-Husseini o Mufti da Palestina? Colaborou com o Nazis e Axis, Novembro de 28, 1941 em Berlim ele se encontrou com Hitler para assinar um pacto de colaboração e cedeu centenas de milhares de muçulmanos para entraram nas fileiras da SS….. E toda a gente sabe o que eles fizeram e quem deu a ideia ao Hitler como “resolver” foi o Amin al-Husseini.

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  6. Al-Husseini tinha um pacto escrito com os nazz, visitou um campo de concentração e esteve intimamente envolvido na Solução Final, indicando o seu desejo de que os jud.. do Médio Oriente sofressem um destino semelhante ao dos jud… na Europa.

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  7. Expulsá-los para a terra dos outros, não é? Como os árabes não os querem, é óbvio que o destino é a estafada Europa, mais concretamente Portugal, pois parece que somos os mais moles para a imigração. Esse Moshe Feiglin já que é um tão grande admirador do Hitler, podia fazer um favor a toda gente e meter-se numa câmara de gás, puxando o autoclismo no final.

  8. Joca só tens um problema no teu comentário, eles são imigrantes e não são nativos, vieram dos países vizinhos a décadas a trás no tempo do Boom de trabalho gerado pelos israelitas a reconstruir o país que foi devastado pelos muçulmanos.

  9. ATÈ PORTUGAL !!!! – LEMBREMOS O PASSADO , quando o Marquês de Pombal assinou um decreto de expulsão dos judeus de Portugal, há 528 anos ( se. XIII ) a mando do Rei da Espanha e o Rei D. Manoel I cumpriu imediatamente. Judeus , aqui no Brasil se espalharam-se por todo Nordeste do então Vice-Reino do Brasil de Portugal e Algarves, perseguidos que nem animais selvagens. É muito sofrimento para um povo – ” DEUS , o que fizemos de mal nesta TERRA” !!? É o que pensa joaoluizgondimaguiargondim – [email protected]

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