Denaro foi condenado a prisão perpétua por ter sido o autor ou ter ordenado a morte de dezenas de pessoas.
As autoridades italianas pensam ter descoberto o bunker secreto usado por Matteo Messina Denaro, o último padrinho da máfia siciliana, destido na passada segunda-feira, depois de 30 anos a monte. A entrada do esconderijo estava tapada por um armário cheio de roupas numa casa em Campobello di Mazara, uma pequena cidade na Sicília, onde Denaro foi detido, no que se acredita ser o apartamento onde viveu nos últimos anos.
Nesta fase, os investigadores estão à procurar de documentos que estavam na posse de Denaro, em particular um “arquivo secreto” pertencente ao “chefe dos chefes” da máfia siciliana Totò Riina, que morreu em 2017, o qual, segundo alguns informadores da máfia, foi roubado por Denaro e alegadamente contém os segredos dos últimos 40 anos de assassínios da máfia.
Os procuradores acreditam que Denaro poderá ser a chave para alguns dos crimes mais horríveis cometidos pela máfia siciliana, nomeadamente um ataque com bomba que matou os chefes das máfias rivais, Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em 1992. Está também em causa a morte de um jovem de 12 anos, filho de um criminoso que se transformou em testemunha do Estado e que foi estrangulado e dissolvido em ácido.
Em 2002, lembra o The Guardian, Denaro foi condenado a prisão perpétua por ter sido o autor ou ter ordenado a morte de dezenas de pessoas.
A construção de bunkers sofisticados e túneis é uma técnica a que os chefes da máfia aplicam com frequência, de forma a poderem escapar quando estão a ser procurados. Muitas vezes, as estruturas são construídas em zonas de montanhas ou florestas. No caso do esconderijo de Denaro, ainda não é conhecida a sua dimensão e a sua função exata.
Este artigo tem um erro grosseiro. Giovanni Falcone e Paolo Borsellino não foram “chefes das máfias rivais” mas sim magistrados!