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Polícia chamada durante festejos de uma medalha de ouro

Ana Marcela Cunha, nova campeã olímpica de águas abertas, não fazia ideia do que estava a acontecer em casa da sua namorada. Angélica André ficou no 17.º lugar.

Eram 6h30 da manhã no Japão quando começou uma das provas fisicamente mais duras dos Jogos Olímpicos: águas abertas, a chamada “maratona na natação”, com uma distância de 10 quilómetros. O ouro segue para o Brasil.

Ana Marcela Cunha foi a protagonista da quarta medalha de ouro para o Brasil em Tóquio. A brasileira, depois de desilusões nas três edições anteriores dos Jogos Olímpicos, foi a mais rápida desta vez. Cumpriu a distância em praticamente duas horas: 1h59m30s.

Muito perto da vencedora ficaram as outras duas nadadoras medalhadas: a holandesa Sharon van Rouwendaal chegou à meta menos de um segundo depois (0.9s) e a australiana Kareena Lee, medalha de bronze, ficou a 1.7s da vitória. A portuguesa Angélica André terminou a prova na 17.ª posição, a mais de cinco minutos do ouro.

Festejos no outro lado do mundo

Eram oito e meia da manhã em Tóquio quando a prova terminou, o que quer dizer que eram oito e meia da noite no Rio de Janeiro quando a prova terminou. A cidade onde mora Maria Clara, namorada de Ana Marcela.

Os gritos vindo do seu apartamento, no momento da chegada à meta da sua namorada, originaram queixas por parte dos vizinhos, que chamaram a polícia e foram tocar à campainha da sua casa.

“A minha namorada é campeã olímpica! Campeã olímpica!”, respondeu Maria Clara, perante a polícia e os vizinhos. “Então podes comemorar, mas mais baixo, por favor”, reagiu o porta-voz dos queixosos, contou a própria Maria Clara à TV Globo.

Nuno Teixeira, ZAP //

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