Um indivíduo identificado como sendo um radical islâmico foi detido em França acusado de terrorismo devido a uma ameaça de sequestro e ataque inspirado no atentado às Torres Gémeas, nos Estados Unidos, em 2001, anunciaram esta sexta-feira as autoridades francesas.
O ministro do Interior de França, Christophe Castaner, afirmou que a detenção do homem no final de setembro deste ano é a 60ª vez que as autoridades francesas impediram um possível ataque desde 2013.
“Um indivíduo que foi inspirado pelo ataque aéreo de 11 de setembro de 2001 que destruiu as torres do World Trade Center foi detido”, revelou Castaner à televisão France-2 na noite de quinta-feira. Castaner acrescentou que o homem estava “no processo de planeamento” de um ataque e procurava adquirir armas.
A preparação do ataque estava numa fase inicial, mas o serviço de inteligência da Direção Geral de Segurança Interna (DGSI) decidiu prender o indivíduo no passado dia 26 de setembro porque tinha começado a procurar armas.
O homem, um jovem na casa dos 20 anos, reside em França, e estava identificado pela DGSI por expressar opiniões radicais islâmicas, acrescentou o segurança. A agência de segurança francesa está a investigar a hipótese de existirem cúmplices no planeamento do ataque. A DGSI afirmou ainda desconhecer se o indivíduo expressou lealdade a qualquer grupo extremista.
O anúncio de Castaner aconteceu numa altura em que a agência de segurança francesa está sob fogo após um ataque mortal dentro da sede da polícia de Paris, no passado dia 3 de outubro, no qual um funcionário civil da prefeitura esfaqueou quatro colegas até à morte, num incidente que o Ministério Público considera um possível ataque terrorista. O autor, que era surdo-mudo, foi abatido a tiro por um agente no local.
A França permanece em alerta após uma série de ataques mortais do Estado Islâmico (EI) em 2015 e 2016, que aumentaram a segurança no país.
O ministro do Interior destacou a segurança dos cidadãos como “prioridade absoluta” para o Governo francês e afirmou que planeia aumentar em 10% o orçamento do Ministério do Interior até 2020.
// Lusa