Várias pessoas planeiam mascarar-se de Jeffrey Dahmer para o Halloween. As redes sociais têm sido bastante críticas e o eBay já retirou os disfarces da plataforma.
A Netflix voltou a crescer em termos de receitas e número de assinantes, em grande parte graças ao sucesso da série “DAHMER – Monstro: A História de Jeffrey Dahmer”.
O seu sucesso reacendeu a longa e discutível obsessão das pessoas por assassinos em série. Com o Halloween a aproximar-se, muitas pessoas até já se inspiram na indumentária de Jeffrey Dahmer para os seus disfarces do Dia das Bruxas.
Importa realçar que Jeffrey Dahmer não é uma personagem ficcional de uma série. Foi um criminoso real que assassinou 17 homens, entre 1978 e 1991. Os seus crimes eram particularmente hediondos, envolvendo violação, necrofilia e canibalismo.
A ideia de disfarces de Halloween inspirados em Dahmer está a gerar uma revolta nas redes sociais. Os críticos defendem que as pessoas que tencionam vestir-se de forma semelhante ao ínfame assassino em série respeitem a memória das famílias das vítimas.
Nancy Grace, apresentadora do Fox Nation’s Crime Stories, afirmou ser totalmente contra a ideia de disfarces inspirados em Jeffrey Dahmer.
No passado, Ted Bundy e John Wayne Gacy, também eles assassinos em série norte-americanos, foram usados como inspiração para muitos amantes do Halloween. O que é que Bundy e Gacy têm em comum com Dahmer? São as estrelas de documentários e séries da Netflix.
A repercussão desta tendência de Halloween já se está fazer sentir, desta vez.
Um porta-voz do eBay confirmou à CNN que disfarces de Jeffrey Dahmer estão proibidos na plataforma e estão a ser removidos. Segundo a política do eBay, “não são permitidas listagens que promovam ou glorifiquem a violência ou atos violentos, ou estejam associadas a indivíduos que são notórios por cometer atos violentos”.
Ainda assim, isto não impede que outros sites vendam estes artigos. No caso da Cult Collectibles é possível ver e comprar vários artigos que pertenciam ao serial killer.
Entre os vários bens que constam da coleção, tem por exemplo uma bíblia que Dahmer usou na prisão (6 mil dólares) e a sua própria urna (250 mil dólares).
Há ainda documentos de avaliações psicológicas, pedidos para entrevistas televisivas e os talheres do seu apartamento — alguns dos quais já foram vendidas por elevadas somas.
Condenado por 15 dos 16 assassinatos que cometeu no estado norte-americano de Wisconsin, Dahmer foi sentenciado a quinze penas de prisão perpétua no dia 15 de fevereiro de 1992. Posteriormente, em Ohio, Dahmer foi sentenciado a uma 16.ª pena de prisão perpétua, pelo homicídio de Steven Mark Hicks.
O seu tempo atrás das grades não durou nem perto daquilo que lhe esperava. Ao fim de dois anos, no dia 28 de novembro de 1994, Dahmer foi espancado até à morte pelo presidiário Christopher Scarver, com quem cumpria pena na Columbia Correctional Institution.