Polémica dos empregos fictícios leva a novas baixas no Governo francês

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François Bayrou, presidente do MoDem

François Bayrou, presidente do MoDem

Os ministros François Bayrou e Marielle de Sarnez, que tinham as pastas da Justiça e dos Assuntos Europeus, anunciaram esta quarta-feira a saída do Governo francês, no âmbito da investigação judicial que afeta o seu partido.

“Tomei a decisão de não fazer parte do próximo Governo. Vou dar uma conferência de imprensa esta tarde às 17h00 (16h00 em Lisboa)”, disse François Bayrou, presidente do MoDem, partido centrista que foi objeto de uma investigação por alegados empregos fictícios dos seus assistentes, pagos com dinheiro do Parlamento Europeu.

Sobre Marielle de Sarnez, braço direito de Bayrou, o Modem diz que renuncia a integrar o novo Governo, onde seria ministra dos Assuntos Europeus, para assumir a presidência do grupo parlamentar da formação centrista na Assembleia Nacional.

A ministra da Defesa francesa, Sylvie Goulard, já tinha renunciado ao cargo na terça-feira para poder “demonstrar livremente” a sua “boa-fé” no inquérito em curso, sobre suspeitas de alegados casos de criação de empregos fictícios para funções de assistentes no PE.

Na segunda-feira, o Eliseu anunciou uma “remodelação técnica” no Governo depois das eleições legislativas de domingo, que deram uma maioria absoluta ao partido do Presidente Emmanuel Macron (308 dos 577 assentos), confortada pelos lugares do aliado MoDem (42).

A 9 deste mês foi aberto um inquérito preliminar para averiguar se o partido pagou o salário de empregados do MoDem em França através de contratos de trabalho como assistentes parlamentares europeus.

O líder do MoDem, François Bayrou, chegou a ministro da Justiça a 17 de maio último, tendo na semana passada negado as suspeitas.

// Lusa

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