Podemos diz-se disponível para pactos eleitorais com todos os partidos

GUE-NGL / Flickr

Pablo Iglesias, líder do novo partido espanhol Podemos

Pablo Iglesias, líder do novo partido espanhol Podemos

O secretário-geral do Podemos, Pablo Iglesias, admitiu a possibilidade de fazer acordos eleitorais, incluindo com o Partido Popular ou com os independentistas bascos do Bildu, na sequência das municipais e autonómicas de 24 de maio.

No entanto, Iglesias colocou condições: o Bildu (coligação nacionalista basca que integra partidos como o Eusko Alkartasuna e o Alternatiba, bem como outras formações abertzales) teria de condenar publicamente o terrorismo; já o PP teria de inverter as suas políticas.

Em entrevista à Rádio Nacional de Espanha (RNE), Iglesias sublinhou a disponibilidade do partido para fazer pactos com qualquer formação que obtenha representação a 24 de maio, desde que seja sobre “políticas para ajudar os cidadãos”.

“Todos os que estiverem disponíveis para trabalhar pelas pessoas e não pelos privilegiados” poderá pactuar com o Podemos”, disse ainda sobre o PP, o partido no poder, que tem sido o principal alvo da formação de Iglesias desde que foi criada, em janeiro de 2014.

“Alguns, para estar nas coordenadas [que o Podemos pede], teriam de dar uma volta 180 graus, mas nós não somos sectários”, salientou Iglesias.

Por outro lado, o líder do Podemos voltou a insistir que lhe agradaria muito poder abster-se na Andaluzia, para assim facilitar a investidura de Susana Díaz (PSOE), mas contrapôs que a candidata socialista – a mais votada nas autonómicas andaluzas de março – também tem de aceitar condições.

Se Susana Díaz “quer ser presidente já sabe o que tem de fazer”, disse Iglesias, referindo-se às propostas avançadas pela líder do Podemos na Andaluzia, Teresa Rodríguez.

“Mal nos digam que sim, agiremos em conformidade”, afirmou.

As duas condições do Podemos para Susana Díaz são: a Junta da Andaluzia deve recusar relacionamento com os bancos que despejem famílias sem recursos e deve reduzir o número de cargos por nomeação no governo regional.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.