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Podem existir mais planetas rebeldes do que estrelas na Via Láctea

NASA

O telescópio Nancy Grace Roman (NASA)

Um telescópio da agência espacial norte-americana (NASA) pode vir a descobrir que existem mais planetas rebeldes – mundos que flutuam no Espaço sem orbitar um sol – do que estrelas na Via Láctea, teoriza um novo estudo.

A nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica especializada Astronomical Journal, calculou que o telescópio Nancy Grace Roman da NASA, cujo lançamento está previsto para meados da década de 2020, pode vir a encontrar centenas de planetas rebeles na Via Láctea.

“[Este telescópio] dá-nos uma janela para estes mundo que não teríamos de outra forma (…) Imaginem o nosso pequeno planeta rochoso a flutuar livremente pelo Espaço – é isso que esta missão nos ajudará a encontrar”, explicou o autor principal do estudo, Samson Johnson, estudante de Astronomia na Universidade de Ohio, nos EUA, em comunicado.

Encontrar estes planetas ajudará os cientistas a inferir o número total de planetas rebeldes existentes na nossa galáxia, disse ainda Johnson.

Estes planetas, conhecidos também como mundos solitários, são objetos isolados com massas semelhantes às dos restantes planetas, explicam os cientistas na mesma nota.   Movem-se pela galáxia sem estarem limitados por órbitas em torno de uma estrela, como é o caso da Terra que gira em torno do Sol – são, na prática, planetas livres.

Possuem massas semelhantes às dos restantes planetas e, até então, os cientistas só encontraram alguns mundos deste tipo. A sua origem é ainda desconhecida, mas acredita-se que estes mundos estivesse, no seu passado, ligados a uma estrela hospedeira.

“O Universo pode estar repleto de planetas rebeldes sem que nós saibamos disso (…) Nunca saberemos sem realizar um estudo detalhado de micro-lente baseado no Espaço, tal como o telescópio Roman fará”, disse Scott Gaudi, professor de Astronomia na Universidade de Ohio e co-autor do novo estudo.

O telescópio Nancy Grace Roman, assim batizado em homenagem à primeira astrónoma-chefe da NASA, que ficou também conhecida como a “mãe” do telescópio Hubble”, tentará construir o primeiro censo de planetas invasores, podendo, consequentemente ajudar os cientistas a entender como é que estes mundos se formam.

O telescópio procurará também outros planetas que orbitam estrelas na Via Láctea.

ZAP //

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