Os planetas parecidos com o Tatooine de Star Wars, poderiam realmente hospedar vida, tal como são descritos na saga de George Lucas, se estiverem a uma determinada distância dos seus dois sóis, declaram cientistas da NASA.
“Isto significa que os sistemas duplos [com dois sóis] são os candidatos perfeitos na procura por planetas habitáveis, mesmo que os Tatooines recebam uma quantidade de luz extremamente diferente em vários momentos do dia”, afirma o especialista da Universidade de Princeton (EUA), Max Popp, à Nature.
Nota-se que esses sistemas são bastante raros. Até hoje, os cientistas descobriram apenas 11 tatooines em oito sistemas solares. O primeiro foi captado pelo telescópio Kepler em 2011.
A maioria dos astrónomos acredita que os tatooines devem ser gigantes gasosos, porque as forças solares impedem a formação de estruturas densas e rochosas. Esta teoria baseia-se na composição de todos os 11 planetas encontrados.
Inicialmente, os cientistas analisaram o planeta tatooine Kepler-35b — muito parecido com Saturno e que gira em torno de ambas as estrelas, completando a volta em 130 dias. Este planeta está muito perto das estrelas, ou seja, fora da “zona habitável”.
Tendo em consideração o Kepler-35b, os cientistas decidiram estudar outra parte do mesmo Sistema Solar e observar planetas que são 10 a 20% mais afastados dos sóis. Com a distância sugerida pelos cientistas, um ano do planeta duraria 340 ou 380 dias.
Segundo os cientistas da NASA, os tatooines localizados a tal distância dos sóis podem ter condições climáticas estáveis, mas que podem mudar num curto espaço de tempo. Os especialistas dizem que a atmosfera de tais planetas deve conter menos nuvens do que a da Terra.
Quase todos os planetas que estão localizados na parte afastada da zona habitável e perto do sistema de estrelas duplas, possuem um clima desértico devido às mudanças de temperatura e à falta de água no ar.
Assim, os cientistas acreditam que, infelizmente, seja bastante alta a possibilidade de descobrir um análogo “genuíno” do Tatooine com muitos desertos e falta de água.
ZAP // Sputnik News