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PJ investiga morte de caloiro do Politécnico de Leiria. Associação de Estudantes nega suspeitas com praxe

PJ / Facebook

A Polícia Judiciária está a investigar a morte de um jovem de 18 anos, estudante no Politécnico de Leiria, que morreu na noite de quinta-feira no Hospital de Santo André, naquela cidade. Surgiram suspeitas de que teria sido o resultado de uma praxe académica, mas pode ter sido só um acidente.

Mas, nesta altura, “todos os cenários estão em aberto”, revela à Lusa uma fonte da Polícia Judiciária (PJ).

“Estamos a investigar e não confirmo algumas informações que estão a circular”, adianta a mesma fonte. Em causa estão dados que anunciaram a morte como sendo resultado de uma praxe académica.

O Comando Distrital de Leiria da PSP informa, em comunicado, que recebeu um telefonema, na quinta-feira, pelas 23 horas, a referir a morte de um jovem no Hospital de Santo André, em Leiria.

Trata-se de um estudante 18 anos que “deu entrada no Hospital de Santo André, pelas 19:30 horas, em paragem cardiorrespiratória“, adianta a PSP na nota de imprensa.

Segundo a PSP, a chamada para o 112 foi registada pelas 19:11, a comunicar a necessidade de assistência médica para um jovem, “que alegadamente tinha sofrido um acidente doméstico, tendo sido accionada uma ambulância para o local”.

“Foi igualmente apurado que o jovem falecido apresentava lesões torácicas que poderiam estar relacionadas com a causa da morte”, destaca a PSP.

A força de segurança identificou “outros cidadãos relacionados com a ocorrência e, por não estarem claras as causas da morte”, passou a investigação para a Polícia Judiciária, órgão de polícia criminal que detém a competência para investigar os factos em questão.

Órgão de praxe nega suspeitas

A vítima é estudante do 1.º ano de Solicitadoria da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria.

Segundo disse à Lusa o ‘Real D. Dinis’ (órgão de praxe) e presidente da Associação de Estudantes da ESTG, Joel Rodrigues, o estudante não fazia parte da praxe.

Este responsável contraria assim algumas notícias que relacionavam a morte do estudante com actividades de praxe.

Joel Rodrigues afirma que o jovem “estava em casa” e que “terá sido um acidente”, desconhecendo como é que os factos terão acontecido.

O Correio da Manhã apurou que o jovem tinha “duas perfurações debaixo da axila” e que “se cortou ou foi cortado com um vidro”. Terá sido encontrado “a esvair-se em sangue por um colega da residência” onde residia.

O dirigente estudantil adianta que, após conversa com a direcção da ESTG, foi decidido activar o Serviço de Apoio ao Estudante.

“O Politécnico de Leiria e toda a sua comunidade académica querem, em primeiro lugar, transmitir a toda a família e amigos o pesar pela morte do nosso estudante“, adianta aquela instituição de ensino superior.

Referindo que “tem ainda informação muito escassa e que se encontra a acompanhar de perto esta situação”, o Politécnico de Leiria nota que o sucedido ocorreu “no apartamento particular onde o estudante residia” e que não existe “informação que aponte para uma relação com actividades de praxe académica”.

ZAP // Lusa

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