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Oficiais da Força Aérea detidos por suspeitas de corrupção

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Força Aérea Portuguesa / Facebook

Aeronaves EH-101 Merlin e C-295M da Força Aérea Portuguesa

Aeronaves EH-101 Merlin e C-295M da Força Aérea Portuguesa

A Polícia Judiciária está a investigar um grande esquema de corrupção na Força Aérea que envolve fornecedores e militares da gerência das messes, com conhecimento de altas patentes.

O Diário de Notícias avança esta quinta-feira que inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção lançaram uma grande operação por todo o país, com mais de 300 homens no terreno, e detiveram oficiais por suspeita de corrupção.

A RTP adianta que estão a ser efetuadas buscas em todo o país às messes (instalação onde oficiais e sargentos tomam refeições e têm os alojamentos) das bases da Força Aérea, residências e empresas fornecedoras de produtos.

Entretanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que a PJ está a realizar mais de 80 buscas domiciliárias e 25 não domiciliárias, sobretudo a equipamentos militares na Grande Lisboa, Beja e em Leiria, numa investigação às messes da Força Aérea.

Segundo a PGR, já foram emitidos mandados de detenção e no inquérito investigam-se suspeitas de, pelo menos, desde o ano de 2015, algumas messes da Força Aérea serem abastecidas com géneros alimentícios, cujo valor a pagar, posteriormente, pelo Estado Maior da Força Aérea, seria objeto de sobrefaturação.

Uma das messes em causa situa-se na sabe aérea do Montijo, onde estão a ser feitas buscas. As buscas ocorrem em, pelo menos, sete bases e no Estado Maior da Força Aérea, em Alfragide.

A investigação de indícios de corrupção ativa, passiva e falsificação de documentos, da responsabilidade da 9ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, começou há cerca de dois anos, na sequência de uma denúncia anónima à Polícia Judiciária Militar.

As autoridades suspeitam que os valores eram inflacionados de forma a distribuir parte do dinheiro dos contratos entre vários intervenientes, entre eles militares, que agora estão a ser investigados.

A investigação terá sido mantida em segredo com a colaboração do antigo e do atual chefes de Estado Maior das Forças Armadas.

ZAP

3 Comments

  1. Mas haverá alguma coisa paga pelo erário público, em que não metam a mão?
    É tudo para roubar o que mais poder…
    Haja mais verba para a força aérea que parece que está a faltar…

  2. O sistema já tem barbas brancas, recordo-me no tempo do meu serviço militar em Angola entre 1970/72 a comida neste caso era péssima sobretudo quando alguns oficiais ou sargentos estavam encarregues da manutenção enquanto com outros a comida era razoável, onde ficava o dinheiro que era sempre igual para todos? Algumas vezes em certos quarteis chegou a haver levantamento de rancho, no entanto se os responsáveis fossem devidamente denunciados e o conhecimento dos acontecimentos chegassem aos ouvidos do Salazar talvez soubessem esses senhores quem sabe talvez alguns deles até revoltosos do 25 de Abril como teria sido a mão pesada do “ditador” e talvez lhes desse para perceberem que afinal pior do que ele muitos mais havia e há.

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