O assalto ao Museu Isabella Stewart Gardner em 1990, que foi o maior roubo de arte na história moderna, pode estar ligado ao homicídio de Jimmy Marks, um criminoso de Boston.
As autoridades acreditam que novas informações sobre um homicídio de 1991 que não foi resolvido pode ajudar a desvendar os responsáveis pelo assalto ao Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston.
O caso remonta a 1990 e foi o maior roubo de arte da história moderna. Na noite de 18 de Março, dois assaltantes vestidos de polícias entraram no museu, que na altura tinha pouca segurança, já depois da meia-noite. Os assaltantes prenderam dois guardas com fita-cola e fugiram com 12 pinturas avaliadas em 500 milhões de dólares, lembra a Smithsonian Mag.
Os investigadores avançaram com várias teorias e possíveis suspeitos ao longo dos anos, mas os culpados continuam a ser um mistério. Agora, Anthony Amore, chefe de segurança do museu, avança ao Boston 25 News que uma pista recente levou as autoridades a olhar novamente para o caso do assassinato do criminoso Jimmy Marks e o caso pode estar ligado ao assalto.
Numa noite de Fevereiro, 11 meses depois do assalto ao museu, Marks foi morto com um tiro enquanto entrava no seu apartamento nos subúrbios de Boston. O assassino desapertou a lâmpada acima da porta para ter a certeza que Jimmy não o via, uma prática tipicamente usada pela máfia, e atingiu-o duas vezes na cabeça.
A nova pista revela que, poucos dias antes de morrer, Marks se gabou de ter na sua posse duas das pinturas roubadas e também teria escondido algumas das obras de arte roubadas.
Marks também teria ligações aos suspeitos de estarem por detrás do assalto do museu Gardner e a polícia acredita agora que os dois casos estão relacionados. O criminoso também seria amigo de um falecido mafioso, Robert “Bobby” Gaurente, que há muito que é um suspeito no assalto.
Gaurente e o seu amigo Bobby Donati podem ter ajudado a levar algumas das pinturas de Boston até ao Connecticut e depois até Filadélfia, na Pensilvânia. Marks foi preso nos anos 60 por causa de um assalto a um banco e trabalhou também um dealer em redes de tráfico de droga.
A sobrinha do criminoso, Darlene Finnigan, avança que Marks lhe contou, pouco antes de morrer, que “algo grande” estava nos seus planos, o que pode ser uma alusão ao assalto ao museu.
A viúva de Gaurente também apontou para uma foto de Marks durante uma entrevista com investigadores e afirmou que o seu marido o tinha matado. O museu espera que as novas revelações deem uma nova vida ao caso e apela a que quem tenha mais informações o contacte.