Como eram as pirâmides do Egito quando foram construídas? Muito diferentes

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As pirâmides egípcias são uma prova do engenho humano. Construídas para servir como túmulo para os antigos faraós, têm resistido há milhares de anos.

Contudo, ao longo dos milénios, as pirâmides mudaram, em grande parte devido à organização dos trabalhadores e à pilhagem de materiais.

Mas como eram na verdade as pirâmides antes de serem construídas?

Quando foram levantadas, tanto em Gizé como noutros locais, as pirâmides não tinham a cor acastanhada de agora, nem a textura arenosa.

Pelo contrário, estavam cobertas por uma camada de rocha sedimentar brilhante, avançou o Live Science.

“Todas as pirâmides foram revestidas com calcário fino e branco”, indicou Mohamed Megahed, professor na Universidade Charles, na República Checa. Esse revestimento terá dado às estruturas uma camada lisa e polida.

Os construtores terão usado cerca de 6,1 milhões de toneladas de calcário durante a construção da Grande Pirâmide de Gizé, segundo o National Museums Scotland, que exige um dos blocos de calcário originais. Esta – também conhecida como Pirâmide de Khufu – é a maior e mais antiga de todas as pirâmides de Gizé.

Há provas de que as pedras de calcário começaram a ser removidas sob o reinado de Tutankhamun (cerca de 1336 a.C. e 1327 a.C), cenário que se manteve até ao século XII, indicou o egiptólogo Mark Lehner. Um terramoto em 1303 d.C. também terá ajudado a soltar algumas das pedras, segundo a BBC News.

Atualmente, as pirâmides ainda mantêm algumas das suas pedras de calcário, embora pareçam um pouco mais desgastadas do que nos tempos antigos. “Pode ser visto no topo da Pirâmide de Khafre, em Gizé”, referiu Mohamed Megahed.

A Pirâmide de Khafre, com o nome do faraó Khafre (que reinou entre 2520 a.C. e 2494 a.C), tem restos pedras de revestimento no seu pico, dando a impressão de que de que um segundo pico está pousado em cima do primeiro.

No antigo Egito, essa pirâmide também tinha um invólucro de granito vermelho em torno dos seus níveis inferiores, referiu o egiptólogo Miroslav Verner no seu livro “The Pyramids: The Archaeology and History of Egypt’s Iconic Monuments.

A terceira e menor das três pirâmides principais de Gizé, a Pirâmide Menkaure – com o nome do faraó Menkaure, que reinou entre 2490 a.C. e 2471 a.C. – também ostentava invólucros de granito vermelho em torno dos seus níveis inferiores.

Hoje em dia há nada no topo das pirâmides de Gizé mas, originalmente, estas ostentavam pedras de capitéis cobertas de electrum, uma mistura de ouro e prata, de acordo com Mohamed Megahed. Parecia que as pirâmides tinham joias nas pontas dos seus picos.

Exemplos existentes em museus indicam que as pirâmides foram esculpidas com imagens religiosas. No Museu Britânico, por exemplo, uma parte de uma pirâmide de calcário, coberta de hieróglifos de Abydos – um sítio arqueológico no Egito -, retrata pessoas falecidas que adoram o antigo deus egípcio Osíris e que estão a ser mumificadas pelo chacal de Anubis.

Considerando o antigo esplendor das pirâmides, as caraterísticas ausentes hoje em dia podem aparecer como feridas abertas. Talvez o melhor exemplo seja evidente na Pirâmide de Menkaure. “Quando se vê a pirâmide a partir do norte, pode ver-se um grande corte, como uma grande depressão”, indicou Yukinori Kawae, um arqueólogo do Instituto de Investigação Avançada da Universidade de Nagoya, no Japão.

O corte da Pirâmide de Menkaure pode ser um flagelo visual que não teria existido em tempos antigos, mas o benefício de tal dano é que, hoje em dia, proporciona uma janela para as pirâmides. “Esta é também a área importante para os arqueólogos porque podemos ver as estruturas internas das pirâmides”, apontou ainda.

ZAP //

3 Comments

  1. Tudo está escrito nas professias bíblicas em vários livros que compõem as sagradas escrituras por exemplo,,,,, Mateus cáp. 24 no novo testamento

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