O novo treinador do FC Porto foi oficialmente apresentado esta quinta-feira no estádio do Dragão e afirmou estar “comprometido com todos os objetivos do clube desde o início da época“.
“Disse aos jogadores [no primeiro treino, de manhã] que queremos ser campeões, ganhar a Liga Europa e a Taça de Portugal, pois não faz sentido estar neste clube sem ser assim”, disse José Peseiro durante a sua apresentação oficial.
Primeiro com um discurso confiante, em dia de apresentação oficial no novo cargo, e a seguir em resposta às perguntas dos jornalistas, o ex-técnico dos egípcios do Al Ahli disse conhecer “a exigência e responsabilidade que é ser treinador do FC Porto, que nos últimos 30 anos tem dominado o futebol português e tem um estatuto internacional reconhecido”.
Peseiro anunciou “ideias próprias para um modelo de jogo”, dando a entender que não vai seguir o tipo de futebol da última época e meia: “Vamos passo a passo, pois venho com as minhas ideias e não vou pegar nas antigas”.
“Não digo que são melhores ou piores, são diferentes. Não vou refugiar-me no que não é meu, nem no que está feito”, assumiu o técnico, de 55 anos, que alertou para o facto de “em três dias, antes da receção ao Marítimo, não se poder mudar já tudo”.
Nas suas palavras, os portistas vão “mudar o que é substancial e que é importante”, sublinhando que a direção do clube “acredita nestas ideias para o sucesso da equipa”.
Num breve discurso, Pinto da Costa admitiu o “entusiasmo pela vontade” que o novo treinador demonstrou e sublinhou que o mesmo tem “confiança e unanimidade total, desde o momento da sua escolha”.
A este propósito, o técnico revelou ter sido abordado pelo presidente portista no dia seguinte ao empate ‘caseiro’ com o Rio Ave (1-1, da 16.ª jornada da I Liga) e que os detalhes para a sua contratação ocorreram na semana passada.
“Estou aqui para ajudar a vencer e acredito nisso piamente e foi com isso que me comprometi, de forma a colocar o FC Porto, novamente, no lugar que esta instituição exige e que temos a responsabilidade de o fazer”, insistiu.
Ao reconhecer que há um certo ‘divórcio’ entre os adeptos e a equipa, lançou o desafio: “É o momento em que precisamos deles, da sua emoção, do seu envolvimento e de estar mais unidos do que nunca”.
“Há muita gente que não gosta que o FC Porto ganhe, temos muitos adversários e não queremos que os nossos adversários sejam os próprios portistas“, justificou.
Questionado sobre eventuais reforços ainda no período de inverno, Peseiro apenas referiu: “Importantes são os jogadores que cá estão e que, por serem bons, aprendem mais depressa”.
“Podem estar desconfiados sobre as suas competências, mas sabem o valor que têm e é momento de pensar nas coisas positivas, nas coisas boas, nos seus momentos efusivos e eloquentes para colocar o seu valor em campo”, terminou.
Peseiro foi anunciado na terça-feira como novo treinador do FC Porto, clube com o qual assinou um contrato válido até 30 de junho de 2017, sucedendo a Julen Lopetegui, que deixou o comando técnico dos azuis e brancos no início de janeiro.
O técnico natural de Coruche vai orientar o seu quarto clube do principal escalão nacional, depois das passagens pelo Nacional, Sporting e Sporting de Braga.
Após 18 jornadas, o FC Porto ocupa o terceiro lugar da I Liga, com 40 pontos, menos cinco do que o líder Sporting e a três do Benfica, segundo classificado.