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“Pés de café” ajudam robôs a andar mais rápido (e sem tropeçar)

Uma das principais aplicações para robôs com pernas é a exploração de locais de desastre. No entanto, para atravessar os escombros, estas máquinas precisam de ter “pés” firmes.

Uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, desenvolveu novos “pés” para robôs com pernas. Segundo o New Atlas, cada pé consiste numa esfera de látex flexível, cheia de grãos de café, e uma estrutura de suporte interna inspirada na raiz das plantas.

Quando se movem pelo ar, os pés dos robôs permanecem macios. No entanto, assim que encontram o solo, enrijecem em conformidade com os contornos irregulares da superfície em questão. Isto acontece graças a um fenómeno conhecido como “obstrução granular“, no qual os grãos de café ficam temporariamente fixos quando colocados sob pressão.

Como consequência, cada pé consegue atingir uma aderência rígida e personalizada contra terrenos irregulares. Este fenómeno pode acontecer passivamente, à medida que o peso do robô congestiona os grãos, ou ativamente, com a ajuda de uma bomba de vácuo que os congestiona.

Em testes laboratoriais, os cientistas equiparam um robô hexápode com estes novos pés e observaram que conseguiu mover-se 40% mais rapidamente sobre lascas de madeira ou pedras, do que quando era equipado com pés rígidos e regulares. A equipa explicou que os “pés de café” reduziram 62% a profundidade em que os apêndices afundavam nos chips e reduziram em 98% a força necessária para os retirar.

Os investigadores querem agora adicionar sensores na parte inferior dos pés, para verificar as características do solo antes que os pés toquem o chão. Os cientistas vão apresentar as suas descobertas na conferência RoboSoft, que decorre virtualmente entre 15 de maio e 15 de julho.

ZAP //

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