O italiano Luca Re Sartù, de 24 anos, morreu depois de ter estado na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa. O jovem peregrino terá contraído uma bactéria multirresistente em Portugal.
Luca morreu devido a uma infecção causada pela bactéria estafilococo, como revela o seu pai em declarações citadas pela imprensa italiana.
O jovem começou a ter sintomas de doença quando ainda estava em Lisboa, na JMJ, apresentando febre alta e cansaço extremo. Foi assistido por médicos em Portugal e medicado.
Mas o pai, Francesco Re Sartù, conta ao site Prealpina.it que quando voltou a Itália, no fim da Jornada, foi levado para as urgências mal chegou ao aeroporto de Bérgamo, em Milão.
Já no hospital, sofreu uma paragem cardíaca. Acabou por ser transferido para uma unidade coronária do hospital de Monza, mas nunca recuperou, diz ainda o pai de Luca.
O jovem peregrino morreu na passada sexta-feira com um quadro clínico de septicemia, uma inflamação generalizada do corpo, resultante da infecção causada pela bactéria.
Contudo, só a autópsia que se realiza nesta quarta-feira vai esclarecer as causas da morte de Luca que “era catequista e educador”, como refere o seu pai.
Acredita-se, nesta altura, que em causa estará a estafilococo, “uma bactéria muito comum” que “faz parte da nossa flora habitual” e que “não tem a ver com a falta de higiene ou contaminação externa”, como explica ao Correio da Manhã (CM) o médico Rui Nogueira, dirigente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde.
As infecções causadas pela bactéria provocam, habitualmente, febres muito altas, dores musculares e de cabeça, sendo especialmente perigosas para pessoas mais velhas, ou com doenças associadas.
Colombiana veio visitar Fátima e teve pernas amputadas
O CM dá ainda conta do caso de uma mulher colombiana, de 50 anos, que veio a Portugal para conhecer o Santuário de Fátima, em Junho passado, e que terá contraído uma infecção bacteriana que levou à amputação das suas pernas.
Luz Contreras começou a sentir-se mal dois dias depois de ter chegado a Portugal, com febres altas.
Foi hospitalizada e diagnosticada com “Streptococcus pyogenes”, uma bactéria muito infecciosa que está associada a faringites. Mas também pode provocar “doenças mais graves como a escarlatina e a febre reumática”, refere o CM.
A colombiana esteve em coma induzido durante seis dias e acabou por ter as duas pernas amputadas devido à morte dos tecidos das células nesses membros.
Agora, está em risco de perder as mãos que também podem ter que ser amputadas.
Luz continua internada em Portugal, e a família está a pedir ajuda para pagar as despesas médicas que já são superiores a 44 mil euros, “só no Hospital da Luz”, como refere o CM.