Perante a “inércia” do Ministério da Educação, pais gastam 13 mil euros na reabilitação de escola de Lisboa

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Ministério da Educação diz não ser capaz de prever quando terá disponibilidade para finalizar as obras de requalificação.

Os pais dos mais de mil alunos da Escola Básica 2,3 Professor Delfim Santos, em Lisboa, decidiram avançar com 13 mil euros de verbas próprias para proceder à requalificação das instalações que neste momento têm as casas de banho fechadas, janelas sem estores e falta de telheiros. Para além da posição da Associação de Pais e Encarregados de Educação, também a direção de Agrupamento de Escolas das Laranjeiras.

Ao Público, os pais explicaram que não podem ficar “à espera eternamente” para que os filhos tenham “condições dignas e esperar que não seja afetada a sua saúde por diversos motivos”. Na carta enviada ao jornal, a associação critica a “inércia” do ministério da Educação, apelando a que se “cumpram as condições mínimas de segurança, saúde e qualidade de ensino”.

De acordo com as informações divulgadas, as obras de requalificação da escola chegaram a começar, no verão de 2019, tendo sido interrompidas há dois anos. No entanto, grande parte dos problemas estruturais da escola ficaram por resolver. A intervenção serviu apenas para a remoção de coberturas de fibrocimento que continham amianto, para a pintura exterior dos edifícios e a substituição da caixilharia de dois pavilhões.

Outro motivo de preocupação tem que ver com uma estrutura dita provisória onde foram instaladas as salas de aula dos oitavos e novos anos e que se mantêm de pé há 41 anos. Sobre esta, uma equipa de saúde pública do Centro de Saúde de Sete Rios expressou “preocupações relativamente à qualidade do ar.

Paula Rodrigues, presidente da associação de pais, relatou ainda problemas relacionados com as salas sem estores e sem visibilidade, casas de banho fechadas e mobiliário com quatro décadas, ou seja, “com farpas e enferrujado“, o qual “não é indicado para miúdos desta geração”.

“O pavilhão é vergonhoso e os miúdos expressam desagrado, Estamos a caminhar para o terceiro ano [sem obras]. Às vezes a paciência começa a ficar escassa“, reconheceu.

ZAP //

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