Pelo menos cinco pessoas morreram, esta terça-feira, na sequência de um atentado à bomba perpetrado perto da embaixada dos Estados Unidos em Cabul, informaram as autoridades afegãs.
O atentado suicida ocorreu por volta das 10h00 (06h30 em Lisboa), “perto de um banco” numa zona predominantemente residencial no centro de Cabul, afirmou o porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Najib Danish, à agência EFE.
O porta-voz da polícia da capital, Basir Mujahid, disse que “um atacante suicida detonou os explosivos que transportava consigo perto de uma das portas [de uma sucursal] do Banco de Cabul”, a cerca de 300 metros da embaixada norte-americana e do Supremo Tribunal.
Cinco pessoas morreram, além do atacante, e pelo menos três ficaram feridas, acrescentou.
Basir Mujahid afirmou que as vítimas ainda não foram identificadas, mas que se “acredita” que haja civis e membros das forças de segurança “que iam levantar os seus salários” antes do Aid al-Adha, a grande festa muçulmana do sacrifício.
As vítimas foram transportadas em várias ambulâncias para o hospital Wazir Akbar Khan, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde Pública afegão, Ismail Kawsi, que detalhou haver pelo menos quatro mulheres.
A autoria do atentado ainda não reivindicada.
O Banco de Cabul tem sido um alvo frequente dos ataques dos rebeldes durante os últimos meses. Em junho, um atentado com um carro-bomba na província de Helmand (sul) fez 34 mortos e 58 feridos.
Este último atentado bombista tem lugar dias depois de o Presidente dos EUA ter anunciado uma nova estratégia para o Afeganistão, que inclui o envio de mais tropas.
Numa declaração ao país na semana passada, Trump inverteu a posição que assumira até agora, favorável a uma saída rápida das tropas norte-americanas daquele conflito, e defendeu o empenho dos EUA no Afeganistão, afirmando que as tropas norte-americanas têm de “combater para ganhar”.
O Presidente não avançou quantos mais militares prevê enviar para o Afeganistão, provavelmente a questão mais importante para a opinião pública norte-americana sobre o plano para aquele país.
No entanto, pouco depois do anúncio, fontes da administração norte-americana indicaram à agência noticiosa Associated Press (AP) que o plano do Presidente para acabar com o impasse e eliminar a ameaça extremista no Afeganistão pode envolver o envio de mais 3.900 soldados.
Em maio, um atentado perpetrado com um camião armadilhado atingiu o bairro diplomático de Cabul, fazendo cerca de 150 mortos e 400 feridos, a maioria civis.
// Lusa