Pedro Nuno Santos quer trazer de volta os professores reformados

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José Sena Goulão / Lusa

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, afirmou, esta segunda-feira, que quer incentivar os professores aposentados a darem aulas para responder às necessidades atuais da escola pública.

Pedro Nuno Santos quer incentivar professores reformados a voltarem ao ativo.

No fundo, fazer com os professores o que José Sócrates fez com os médicos.

“Enquanto nós não conseguirmos ter os professores que nós precisamos, nós vamos incentivar que quem já se aposentou possa ainda dar aulas para tentarmos dar resposta às necessidades que a nossa escola tem hoje em matéria de professores”, anunciou o secretário-geral do PS.

Num comício, esta segunda-feira, no Pavilhão dos Olivais, Pedro Nuno Santos defendeu que a Educação deve continuar a ser “uma paixão renovada para o PS”, considerando que é aí que se joga a “igualdade entre homens e mulheres, entre portugueses”.

“Começa também em quem se dedica à carreira docente, e nós queremos valorizar, dignificar, respeitar quem dedica a sua vida a ensinar os outros. É para nós fundamental termos professores que se sintam motivados, respeitados em Portugal”, salientou.

Para o líder do PS, “é assim em qualquer profissão: nós fazemos melhor o nosso trabalho em qualquer profissão quando nós nos sentimos valorizados, respeitados”.

“E se o Estado exige que o setor privado, que as empresas privadas – e bem -, cumpram o contrato que têm para com os seus trabalhadores, o Estado tem de ser o primeiro a dar o exemplo: o Estado tem cumprir o contrato que tem para com os seus próprios trabalhadores”, referiu, voltando a defender a reposição integral do tempo de serviço dos professores em quatro anos.

Por outro lado, o líder do PS disse também que quer a atividade docente mais atrativa, de forma a garantir que os jovens olham para a carreira docente “como uma carreira de futuro”.

“É por isso que nós queremos aumentar os índices remuneratórios nos escalões de entrada, para valorizar a carreira, para termos uma carreira mais atrativa, para que os mais jovens queiram entregar a sua vida a ensinar as nossas crianças, os nossos filhos, os nossos netos”, destacou Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS propõe agora recuperar os professores reformados, tal como acontece já com quase cerca de milhar os médicos: enquanto os “novos” não querem, a solução passa por incentivar os “velhos”.

A contratação de médicos reformados começou em 2010, durante o segundo governo de José Sócrates, e foi uma das medidas criadas para responder à carência de profissionais de saúde.

 

O regime excecional permitiu a reintegração de médicos reformados no Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a autorização prévia do ministro da Saúde. O regime estipulava que estes médicos podiam receber um salário e, em alguns casos, acumular uma parcela do seu rendimento de reforma.

Embora tenha sido originalmente concebido para durar apenas três anos, o regime foi prorrogado por vários governos e tornou-se cada vez mais popular.

Agora, Pedro Nuno Santos pode fazer o mesmo com os professores.

ZAP // Lusa

9 Comments

  1. Tenho duvidas que a Fenprof aceite, tendo em conta a ideia do horário zero nos ultimo anos de profissão, seria difícil entender os reformados passarem a fazer os horários que os seus colegas em horário zero não fazem. Mas como o grande problema de Portugal é falta de gestão, já nada me espanta.

  2. Isto é surrealista!…
    Primeiro obrigam o professores a ficar na carreira até depois do 65 anos de idade, o que significa que em muitos casos (e o 1º ciclo é paradigmático) os docentes fizeram carreiras acima de 42, 43 anos, muitos de 45 anos e até mais.
    Os proponentes desta “magnífica” ideia sabem o que é gerir recursos humanos? Sabem o que é dar aulas no ensino pré escolar e no 1ºciclo após os 55 anos, data em que muitos professores estão com 33, 34 e 35 anos de serviço efetivo? Sabem como está a escola pública (a verdadeira escola pública , não a das estatísticas)?
    Não têm a mínima noção do que é perder qualidade de vida todos os dias sem ver a luz ao fundo do túnel? Por qualidade de vida entenda-se saúde, esperança em poder estar com a família algum tempo antes do declínio inevitável da perda progressiva das faculdades humanas.
    Não fazem a mais pálida ideia do sofrimento que têm imposto aos docentes, pois não?

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  3. Isto é que é pensar fora da caixa! FABULOSO, que pérola!
    O problema são os jovens que emigram mas que se lixem os que cá ficam!
    O problema é falta de professores então que trabalhem os reformados!
    Se quisessem segurar os jovens não era mais lógico criar uma carreira apelativa no ensino? e deixar os reformados em paz? criar uma carreira apelativa na saude e deixar os reformados em paz?

  4. “Antes feito que perfeito”.
    Alternativas, de momento não há.
    É uma boa opção, que permite aos alunos terem aulas com alguém credenciado, em vez de porem um licenciado numa qualquer área, sem formação pedagógica a dar aulas, como em tempos idos aconteceu. .
    É uma situação transitória, até haver novos docentes formados.
    Só aceita quem assim entender. Quem estiver muito cansado pode ficar em casa, que ninguém o incomoda. Seleção natural. Talvez assim tenhamos os
    melhores.

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  5. Este PNS (Pedro Nada Sabe) é mesmo um fora da caixa.
    Amanhã, já vai dizer outra coisa sobre a falta de professores.
    Será que já melhorou da falta de memória, aquando da TAP?
    Alguma vez trabalhou, sem ser Ministro?

  6. Bom.
    Se temos o Presidente do país mais poderoso do mundo com 81 anos.
    Podemos ter professores reformados na escola pública. Já agora porque não?
    Também são eles que votam em mim, têm que ser recompensados.
    E os meus filhos estão no privado!

  7. Mais um iluminado, não fez nada quando tinha a Maioria, agora faz tudo, mas Pior são aqueles que ainda votam nele, depois dizem que não foi ninguem que votou

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