Pedófilos participam em jogos online para atacar crianças

Há pedófilos que participam em jogos online para se aproximarem das futuras vítimas, aliciando-as a manter depois o contacto noutras plataformas.

A pedofilia não é um crime recente, mas os agressores continuam a arranjar novas formas de se aproximarem das vítimas. A mais recente é através de jogos online.

A garantia é da Polícia Judiciária (PJ), que, na quinta-feira, deteve 15 homens em todo o país durante uma megaoperação de combate à pornografia infantil, revela o Jornal de Notícias.

A PJ descobriu milhares de ficheiros que os suspeitos terão distribuído entre si, usando o sistema peer-to-peer — uma rede de computadores interligados, sem intermediário, que podem receber e remeter fotografias ou filmes, explicou o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, Carlos Cabreiro.

Os suspeitos terão ainda partilhado as imagens na darknet, em plataformas de jogos online e em plataformas encriptadas utilizadas por pedófilos.

“A operação em concreto teve uma incidência maior sobre a plataforma peer-to-peer. Em todo o caso, existem outras plataformas que são aproveitadas como ponto de aliciamento por este tipo de indivíduos para chegar aos menores, seja através das redes sociais, das plataformas de jogo online, ou até em fóruns ou em potencialidades que a darkweb [inacessível aos internautas comuns] oferece”, salientou.

O diretor da UNC3T ressalvou, no entanto, que só a análise aos equipamentos apreendidos permitirá perceber se tal foi feito pelos suspeitos detidos em Braga, Aveiro, Guarda, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Algarve e Madeira.

O suspeito mais novo tem 23 anos, o mais velho 60 e a maioria está na casa dos 50 anos. Alguns serão apenas colecionadores das imagens, outros terão procedido também à sua distribuição e outros poderão ter igualmente produzido os conteúdos, que incluem cenas de sexo explícitas com menores.

Entre as vítimas, que terão ainda de ser identificadas, há desde bebés a adolescentes de 14 anos. “Não serão, com certeza, só portuguesas”, concluiu Carlos Cabreiro.

ZAP //

 

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