O PS roubou a ideia do “pé-de-meia” ao Livre e tornou-a mais forreta, acusa Rui Tavares

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André Kosters / Lusa

O fundador do partido Livre, Rui Tavares

“O PS vem propor um décimo e ainda por cima não tem a lisura de dizer que é uma ideia do Livre de que roubaram um décimo”, acusa o porta-voz do Livre.

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, disse este domingo que um verdadeiro “pé-de-meia” para os jovens seria um apoio à nascença de 5.000 euros, acusando os socialistas de se apropriarem da ideia lançada pelo partido no ano passado.

“O PS vem propor um décimo e ainda por cima não tem a lisura de dizer que é uma ideia do Livre de que roubaram um décimo”, salientou Rui Tavares, em Coimbra, na sessão de apresentação dos candidatos às Eleições Legislativas de 18 de maio naquele círculo.

“Nem dá para a propina do mestrado”

O deputado e dirigente partidário comentava assim a proposta do PS de atribuir a todas as crianças nascidas a partir do início deste ano 500 euros em certificados de aforro.

Segundo Rui Tavares, a ideia da herança social, lançada há cerca de um ano pelo Livre, “verdadeiramente fará a diferença na entrada dos jovens para a vida adulta, numa média de 5.000 euros progressivamente adaptados ao escalão de rendimentos da família”.

Pelas contas do porta-voz do Livre — semelhantes às de Miguel Costa Matos, deputado socialista — 500 euros por criança traduz-se em cerca de 700 euros quando o beneficiário atingir os 18 anos, “o que não dá para pagar a propina do mestrado”.

“Mas 10 vezes mais do que isso, que é aquilo que propomos, e podemos ir mais longe se gastássemos aquilo que estamos a perder com o IRS Jovem numa herança social, aí já era alguma coisa que fazia a diferença”, defendeu.

Na sua intervenção, Rui Tavares insistiu que a culpa da atual crise política é da responsabilidade da má governação do líder do PSD, Luís Montenegro, não só no agravamento do funcionamento da saúde e na falta de habitação, eu tinha prometido resolver, como “no descaso e desprezo em relação às obrigações de responsabilização dos mais altos cargos políticos”.

A medida foi uma das primeiras do programa eleitoral do PS a ser noticiada. O valor acumulado, que segundo do PS também serve de “incentivo à natalidade”, pode ser resgatado aos 18 anos e fica sujeito a um regime fiscal próprio.

O PS apresentou este sábado o seu programa eleitoral, “Um novo impulso para Portugal”. Promete salário mínimo nos 1100 euros no final da legislatura, redução de 2,5 horas de trabalho semanal e cabaz alimentar com IVA Zero permanente, entre outras propostas.

Livre “disposto a conversar”

O porta-voz do Livre reiterou novamente que o partido está disponível para solução governativa progressista, de esquerda e ecológica, mas através de um “compromisso histórico” que garanta que o Serviço Nacional de Saúde não será privatizado e que o investimento no ensino público vai aumentar.

Nesse compromisso, teria de estar também garantido que o investimento público na habitação teria, pelo menos, um limiar mínimo de 500 milhões de euros anuais “para se poder construir a habitação que o país não tem”.

De acordo com Rui Tavares, teria de haver também garantias de que não haveria recuo no estado de direito, na democracia e nos direitos fundamentais e que a independência da Palestina seja reconhecida e que o apoio à Ucrânia não cesse.

“Com isto em cima da mesa, estamos dispostos a conversar para dar uma boa governação ao país, que tenha também fasquias mais altas no exercício de cargos políticos”, sublinhou.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Oh radical Rui Tavares, estás a conquistar votos ao PS, então é lógico que o radical do PS roube esta ideia que é tua. Amor com amor se paga.

  2. Os liberais/maçonaria do Partido Socialista e do Partido Livre querem é continuar a saquear o Orçamento de Estado financiado com o dinheiro dos Portugueses, querem economia e turismo subsidiado, parasitismo, chulanço, à custa da Classe-Média Portuguesa que se encontra no desemprego, pobreza, e miséria.
    São iguais aos liberais/maçonaria do PSD, CDS, PCP, CH, PAN, IL, BE, uma cambada de chulos e compradores de votos, sem um projecto para o País nem capacidade de convencer os Portugueses das suas ideias, daí importarem eleitores/votantes Estrangeiros e as promessas descabidas.

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